Com o colete balístico da PM, o menor segura uma arma |
A associação dos PMs diz que o comandante também praticou assédio moral |
Uma entidade de policiais militares postou em rede social o que parece ser um escândalo. Que, aliás, já chegou hoje pela manhã ao conhecimento do comandante-geral da PM, o coronel Hilton Benigno, provocado pelo promotor militar, Armando Brasil. Tudo ocorreu no estádio do Mangueirão, ontem, durante o clássico RE X PA.
Os policiais militares, em jogos que atraem grande público, fazem das tripas coração para garantir a segurança da torcida e ainda são obrigados a suportar algumas humilhações – lanche estragado, falta de almoço -, inclusive, como ontem ocorreu, do próprio comandante do policiamento, cujo nome ainda não chegou ao conhecimento da imprensa.
O oficial, para piorar as coisas, ainda levou dois filhos menores para a área de serviço, colocando capa de colete balístico e radiotransmissão nos menores, além de pistola ponto 40, como se os garotos fossem trabalhar na segurança dos torcedores.
O caso ainda vai dar muito o que falar e apurar. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) teria sido violado pelo próprio comandante, colocando os filhos sob risco. O Ver-o-Fato teve acesso às fotos em que um dos menores aparece vestido com o colete balístico e segura uma arma.
Leia a íntegra do que diz a Associação em Defesa dos Militares do Pará (Admipa). Mais do que uma denúncia, é um desabafo:
“Admipa informa: mais uma partida de futebol, onde policiais mais uma vez tiveram que estacionar seus veículos a kms de distância do estádio olímpico. Nem todos os militares tiveram a almoço e como se isso não fosse suficiente os policiais ainda tiveram que sofrer assédio moral por parte do comandante do policiamento.
O mesmo oficial, não satisfeito com suas atrocidades, ainda transformou o serviço em sua casa, colocando seus filhos, dois menores, para tirar serviço junto com ele, inclusive fazendo com que os citados menores viessem a trajar a camisa interna do uniforme da Polícia Militar, além de capa de colete balístico e rádio de transmissão. Além de colocá-los junto com a guarnição de serviço como se policiais fossem.
Segundo o promotor militar a que foi comunicado o fato, o citado oficial superior, além de crimes militares, cometeu também crimes contra a infância e adolescência. Informamos ainda que a denúncia será formalizada amanhã por nossos advogados.
Não aceitaremos que nossos direitos sejam vilipendiados por quem quer que seja. Não somos empregados de ninguém, somos servidores públicos. Direito de não ter direitos nunca mais. Coordenação Geral”.
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