O aeroporto de Marabá “João Correa da Rocha” seguia interditado na manhã deste domingo, 17, mas logo depois foi liberado. A interdição ocorreu após a explosão de um caminhão que realizava pintura na cabeceira 7. Como resultado da explosão seguida de incêndio, uma pessoa morreu e duas ficaram feridas.
De acordo com informações do jornal Correio de Carajás, a pista chegou a ser liberada no meio da madrugada, mas logo em seguida foi fechada novamente, por risco de acidente em pousos e decolagens. Além disso, o Corpo de Bombeiros não havia feito vistoria no local. Ainda havia sedimentos grudados na pista, inclusive restos mortais.
Mas, por volta de 9 horas, após a limpeza completa e a vistoria dos bombeiros, a pista foi liberada. A Aena Brasil informou à reportagem do Correio que a pista teria sido liberada ainda na madrugada, sem informar a intercorrência citada acima.
A reportagem conversou com um profissional que atua no ramo de pintura de vias públicas e até mesmo de aeroportos há cerca de 30 anos. Ele informou que fica difícil avaliar o que pode ter ocorrido, porque nesse tipo de pintura não é usada tinta a quente, que é inflamável.
Todavia, avalia a possibilidade de ter ocorrido algum problema com o compressor, a combustão, além de o veículo poder transportar algum tipo de solvente para diluir a tinta que transporta. “Esse produto é altamente inflamável, além do combustível do próprio caminhão”, ponderou o engenheiro da área de tráfego.
A assessoria de Imprensa da Aena Brasil informou que a empresa não vai divulgar os nomes das vítimas, e que esse trabalho cabe à terceirizada que executava o serviço, da qual não revelou o nome. Centenas de passageiros tiveram seus voos cancelados e realocados para outros dias e horários.
É o caso de Monique da Silva Araújo, que mora em Marabá, mas está em Belém e pegaria voo na madrugada deste domingo pela Azul. Segundo ela, a companhia aérea informou no aeroporto que houve acidente em Marabá e que o voo fora cancelado.
“Me deram opção para seguir para o aeroporto de Carajás, mas o translado rodoviário seria por minha conta. Como resolvi ficar em Belém, me colocaram num voo para segunda-feira, ao meio dia. Pagaram transporte de ida e volta, voucher de R$ 300 e não disponibilizaram hotel porque todos estariam lotados”, disse ela.
A reportagem telefonou para o coronel Valtencir Pinheiro, comandante do 5º Grupamento do Corpo de Bombeiros Militar de Marabá, para pegar mais informações sobre o acidente, mas ele não atendeu às ligações.