Um crime chocante reacendeu o debate sobre a segurança dos advogados no Brasil. Rodrigo Marinho Crespo, 42 anos, advogado especializado em causas cíveis e empresariais, foi assassinado ontem a tiros em plena luz do dia na Avenida Marechal Câmara, um local emblemático por sua proximidade com instituições jurídicas fundamentais como a sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seccional Rio, a Defensoria Pública e o Ministério Público estadual.
Formado pela PUC-RJ em 2005 e com especialização em Direito Civil Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 2008, Crespo era sócio-fundador do escritório Marinho & Lima Advogados. Sua morte não apenas deixou a comunidade jurídica em luto, mas também levantou questões alarmantes sobre a vulnerabilidade dos profissionais do direito frente à violência motivada por descontentamentos relacionados a decisões judiciais ou crimes de encomenda.
O assassinato ocorreu quando Rodrigo, acompanhado de seu sobrinho, estava a caminho de uma lanchonete. Testemunhas relataram um cenário de horror: um criminoso encapuzado, após chamar pelo nome da vítima, efetuou disparos à queima-roupa, inicialmente dois tiros e, em seguida, pelo menos outros oito. A execução, meticulosamente planejada, terminou com o assassino fugindo em um carro branco, deixando para trás não apenas um corpo, mas inúmeras perguntas sem respostas.
Este caso é um lembrete dos riscos que advogados no Brasil enfrentam ao exercer sua profissão. Crespo, conhecido por sua conduta íntegra e sem histórico de problemas em sua carreira, havia atuado em casos significativos, incluindo ações de resgate de investimentos em criptomoedas e serviços para a Souza Cruz em causas cíveis. Seu assassinato não apenas priva a sociedade de um advogado dedicado, mas também sinaliza a urgente necessidade de medidas de proteção mais robustas para os profissionais da lei.
A comunidade jurídica, consternada, agora espera por justiça e por respostas. A Polícia Civil, mobilizada, busca imagens de câmeras de segurança na esperança de encontrar pistas que levem ao criminoso. Enquanto isso, a morte de Rodrigo permanece como um símbolo sombrio da violência que assola os defensores da justiça no Brasil, em um momento onde a segurança de tais profissionais nunca pareceu tão precária.