Na última terça-feira, um crime bárbaro abalou a cidade de Pilar, na Argentina. Um adolescente de 17 anos confessou à própria mãe ter assassinado sua namorada, Denise Abril Pazos Giménez, de 16 anos, dentro de casa. O homicídio ocorreu entre 12h30 e 16h, e causou comoção entre alunos e professores da Escola de Educação Secundária Rodolfo Walsh, onde os dois jovens estudavam.
De acordo com a imprensa local, a mãe do jovem estava dormindo quando foi acordada pelo filho, que declarou: “Eu asfixiei ela, eu a matei”. Ao compreender que ele se referia à namorada, a mulher imediatamente comunicou as autoridades. Convocado pela procuradora Paula Romeo, do foro penal juvenil, o adolescente optou por não prestar depoimento formal até o momento.
Investigação em andamento
As autoridades informaram que o casal estava junto havia um ano e que, segundo testemunhas, mantinham um relacionamento considerado tranquilo. No entanto, nos últimos 15 dias, amigos e familiares relataram sinais de conflitos entre os dois.
No dia do crime, o jovem não compareceu à escola, justificando dores de ouvido, mas combinou de encontrar Denise durante a tarde. No local do homicídio, a polícia encontrou cartas e fotografias parcialmente queimadas em uma lixeira. A chuva teria apagado as chamas, permitindo que parte dos materiais fosse preservada.
“Foram encontradas fotos e papéis que pegaram fogo, mas não terminaram de queimar. Eles estavam em uma lixeira que, com a chuva, encheu de água. Veremos se nas cartas há indícios de estar acontecendo algo entre os jovens”, declarou um porta-voz da polícia.
Até o momento, não foram registradas denúncias de agressão contra o adolescente, e os investigadores buscam reconstituir os eventos do dia para entender a motivação do crime.
Conflito entre as famílias
A tragédia gerou tensão não apenas na comunidade escolar, mas também entre as famílias envolvidas. Na última quarta-feira, 13 de novembro, uma briga foi registrada em frente ao prédio do Ministério Público e da Defensoria Pública. Segundo testemunhas, a mãe da vítima e a mãe do acusado trocaram agressões físicas e verbais, em um reflexo da dor e revolta que o caso provocou.
Do Ver-o-fato, com informações do extra.globo.com