A comunidade do Rio Arienga, em Abaetetuba, está apreensiva com a ameaça do prefeito municipal Alcides Eufrásio da Conceição Negrão, o “Chita” (MDB), de fechar a “Escola Municipal de Educação Infantil e Fundamental Padre Hilário”, localizada na rodovia estadual PA-481.
De acordo com as denúncias de mães de alunos, que enviaram vídeos pedindo ajuda ao Ver-o-Fato, no próximo ano existe a ameaça da prefeitura fechar a escola e, se isso acontecer, as crianças não têm para onde ir.
Segundo elas, se o prefeito fechar a escola, só sobrariam duas opções para os alunos: irem para uma vila distante do Arienga ou para a sede de Abaetetuba, que também é distante.
Nos dois casos, os alunos ficariam dependendo de transporte municipal, o que causa muita preocupação para as famílias, pois não há garantias de segurança para as crianças.
Outra mãe disse, quase implorando, que a comunidade precisa de ajuda, porque é o futuro das crianças que está em jogo.
Conforme as denúncias, a escola está em péssimo estado de conservação e o prefeito e o secretário municipal de Saúde, mesmo alertados, não tomam uma atitude para dar melhores condições às crianças, porque o objetivo é fechar a escola.
A “Escola Padre Hilário” atende 60 alunos e precisa com urgência de reforma e ampliação das salas de aula, que estão cheias de goteiras. Também falta mureta de proteção, além de reforma na caixa d’água, que está para desabar em cima dos alunos.
As cadeiras estão quebradas, não há espaço para recreação e também não tem sala de leitura; não tem aulas de informática e está precisando de sinalização por estar localizada em uma rodovia estadual, além de enfrentar uma série de problemas.
A situação é tão grave que em uma única sala foram juntadas duas turmas de séries diferentes. Imagine a confusão para estudar.
Ofícios ignorados. “Se o Chita não resolve, vamos chamar o Tarzan”, diz pai de aluno
O prefeito Alcides Negrão, o “Chita” está sendo acusado de ignorar os pedidos da comunidade, juntamente com o secretário de Educação de Abaetetuba, pois vários ofícios já foram encaminhados pela diretora da escola, Lidiane Santos, pedindo providências, mas até agora nada foi feito.
Em 6 de fevereiro deste ano, a gestora escolar enviou ofício à Secretaria de Educação solicitando 50 mesas e 50 cadeiras para as crianças do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. O ofício foi protocolado no mesmo dia, às 8h30. Até hoje as mesas e cadeiras não chegaram.
Em 8 de outubro deste ano, novo ofício foi encaminhado, solicitando a compra da grade do portão da escola para instalação. Até hoje o portão da escola continua sem proteção.
No mesmo dia 8, outro ofício foi encaminhado solicitando 55 carteiras para as salas de aula e mobília para o refeitório, além de duas mesas e duas cadeiras para professores e armários para as salas de aula. Não chegou até agora uma única cadeira ou mesa, muito menos os armários.
Em 25 de outubro, também deste ano, outro ofício foi encaminhado à Secretaria de Educação solicitando a compra de uma impressora para o bom andamento dos trabalhos da escola, mas o equipamento nunca chegou no local.
O resumo da ópera, em tom de brincadeira, é feito pelo pai de um aluno prejudicado: “se o prefeito Chita não ouve a gente e ignora nosso grito, então vamos gritar chamando o Tarzan, quem sabe ele nos ajude”.
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