A morte premeditada do policial penal Edvando Paes da Costa, na manhã desta quarta-feira em Abaetetuba, no nordeste do Pará, é um reflexo alarmante da situação em que se encontra a segurança pública no estado. Vale aqui repetir: este incidente não é um caso isolado, mas parte de um padrão perturbador que coloca em xeque a capacidade do governo estadual, liderado por Helder Barbalho, de proteger seus cidadãos e, mais especificamente, seus próprios agentes de segurança.
A execução de um servidor público a tiros, em plena luz do dia e em circunstâncias tão brutais, lança uma sombra sobre as alegações de redução da criminalidade e violência. Relatos indicam que Edvando estava retornando para casa após seu turno no presídio, um momento que deveria ser de segurança e não de vulnerabilidade fatal.
O ataque contra ele, realizado com tamanha sensação de impunidade, destaca não apenas os riscos enfrentados diariamente por aqueles que trabalham na linha de frente da segurança pública, mas também a audácia crescente dos criminosos. Para eles, não há limites em suas empreitadas.
A resposta do governo a tais incidentes não pode se limitar a esforços de relações públicas ou propaganda que buscam projetar uma imagem de controle e redução da violência. A realidade no terreno, como dolorosamente ilustrada pela morte de Edvando, contradiz essas narrativas. É urgente que haja uma estratégia abrangente e transparente para abordar a segurança pública, uma que vá além das estatísticas e da pirotecnia midiática, focando na proteção efetiva dos cidadãos e, especialmente, dos agentes de segurança que arriscam suas vidas.
Cobramos, sim, apesar da indiferença de Helder
O Ver-o-Fato tem sido o único veículo de comunicação do Pará a expor e a cobrar diariamente soluções de Helder Barbalho em oferecer um mínimo de paz e proteção a seus cidadãos e agentes públicos. Essas cobranças parecem cair no vazio. O governador dá de ombros e nem comenta as atrocidades diante do nariz dele, uma indiferença que incomoda a maioria da população, menos os bajuladores de Helder, que temem em se manifestar. Apesar desse descaso, o Ver-o-Fato vai continuar a bater nessa tecla de cobrança, pois é seu papel exercer o jornalismo que não se dobra a humores de poderosos e eventuais ocupantes de cargo máximo neste estado. ,
A sociedade paraense, e brasileira como um todo, merece mais do que promessas e apresentações superficiais. Ela requer ações concretas que tragam melhorias palpáveis na segurança pública, garantindo que tragédias como a de Edvando Paes da Costa não se tornem meras estatísticas em um relatório de crimes violentos. Ou apenas choro e dor de mais uma família enlutada com a perda de seu ente querido.
É fundamental que o governo estadual saia de sua bolha, reconheça a gravidade desta situação e se comprometa com uma reforma significativa nas políticas de segurança, uma que esteja alinhada com as necessidades reais da população e que proteja aqueles dedicados a servir e proteger.