Com prisão preventiva decretada, acusado de estuprar uma enteada menor de idade, em Abaetetuba, na Região do Baixo Tocantins, nordeste paraense, o indivíduo Bruno Silva Lopes, o “Diabinho”, foi preso em Belém pela Polícia Civil, neste quarta-feira (7). Ele foi recolhido a uma penitenciária, onde ficará à disposição da Justiça.
De acordo com inquérito policial instaurado na Delegacia de Atendimento à Mulher de Abaetetuba, no dia 27 de outubro deste ano de 2022, chegou ao conhecimento das policiais um caso de estupro, que havia sido denunciado ao Conselho Tutelar pela direção da Escola Centro Educacional Evangélico.
Segundo a Polícia Civil, logo em seguida à denúncia, a vítima foi ouvida por uma Assistente Social e foi feito o requerimento de medidas protetivas de urgência para que o agressor não se aproximasse da vítima, bem como foram realizadas diversas diligências investigativas, como a requisição da perícia sexológica.
Conforme o inquérito, “o resultado da perícia sexológica apontou sinais visíveis de prática de atos libidinosos nas regiões genital e anal, com presença de vestígios de prática de atos libidinosos diversos da conjunção carnal e de conjunção carnal presente e antigos”.
Além disso, o laudo constatou, ainda segundo o inquérito, “transmissão de doença sexualmente transmissível, piócitos (abundantes), cocobacilos gram variáveis (abundantes)”.
No dia 4 de novembro último, a autoridade policial pediu a prisão preventiva de “Diabinho”, que foi deferida pela Justiça em 18 de novembro, mas o acusado já havia fugido.
A Polícia Civil informou que, “apesar do procedimento ser sigiloso, os advogados do indiciado tiveram conhecimento sobre as informações relativas ao mandado de prisão e a partir de então as informações foram difundidas, e circularam na internet, as imagens do indivíduo como sendo foragido”.
A Escola Centro Educação Evangélico divulgou a seguinte nota de esclarecimento:
“No final do mês de outubro, uma de nossas crianças, pediu ajuda aos colegas de turma que estava sendo abusada pelo padrasto, os colegas pediram ajuda a professora, então a criança relatou os abusos que sofria em casa pelo padrasto. O caso foi levado ao conhecimento da direção e coordenação da escola, que após ouvir o relato da criança, imediatamente acionou o Conselho Tutelar para que o mesmo tomasse as medidas cabíveis, assim foi feito.
Posteriormente, o caso foi encaminhado a Delegacia de Polícia para que fosse apurado. A partir desse dia nosso coração ficou apreensivo por conta dos rumos que esse caso tomou, mas nos mantivemos confiantes em Deus de que fizemos o correto, de proteger essa criança.
Agora que o caso se tornou público através das redes sociais, viemos esclarecer que em momento algum a escola foi enérgica ou arbitrária, ao contrário, fomos cautelosos e sigilosos com o caso a fim de proteger a integridade dessa criança, sabemos que muitas coisas ainda irão acontecer, mas tudo está por conta da justiça.
Infelizmente, não foi nosso primeiro caso e nem será o último enquanto houverem esses monstros capazes de maltratar, violentar crianças e adolescentes vulneráveis. Mas vamos continuar orando a Deus para que nos dê forças e coragem de continuar lutando por um mundo onde os direitos e deveres dos cidadãos sejam eles quem for sejam preservados.
Se alguém ou se vc tem algum conhecido que ainda tiver alguma dúvida sobre a veracidade do caso, que procure a delegada, ela é muito acessível, esta de manhã e a tarde na delegacia.
E também é verdade que já saiu a preventiva do agressor, e que ele está foragido. Nossa oração é que Deus, cuide dessa criança, dando conforto e segurança, que nenhuma de nossas crianças tornem a passar por isso”.