O telescópio espacial James Webb (JWST) obteve uma imagem que mostra parte da Grande Nuvem de Magalhães, galáxia satélite da Via Láctea, em um nível de detalhes nunca antes conseguido. O registro foi produzido como uma imagem de teste do instrumento científico Mid-Infrared Instrument (MIRI) durante o processo de alinhamento e preparação do JWST para o início de sua missão científica.
Produzida com resolução de 7,7 mícrons, a imagem mostra um pedacinho da Grande Nuvem de Magalhães com uma clareza fascinante: nela, conseguimos observar o gás interestelar da galáxia com detalhes sem precedentes, que incluem emissões de moléculas de carbono e hidrogênio importantes para o equilíbrio térmico e química do gás.
Abaixo, você confere a imagem do Webb (à direita) em comparação com uma da mesma região (à esquerda) feita pelo já aposentado telescópio Spitzer, que operou entre 2003 e 2020:
No lado esquerdo, está a imagem produzida pelo telescópio espacial Spitzer. Este foi um dos chamados Grandes Observatórios da NASA e produzia observações na luz infravermelha, registrando regiões no espaço ocultas aos “olhos” dos telescópios ópticos. Graças a isso, o Spitzer pôde observar nuvens de poeira interestelar e materiais que, no futuro, dariam origem a novos planetas.
Já o Webb está equipado com um espelho primário maior e detectores aprimorados, e poderá observar o céu com ainda mais detalhes. Agora, a equipe do telescópio espacial passará cerca de dois meses preparando e testando os instrumentos do Webb para iniciar as observações científicas. Quando estiver pronto para iniciar o trabalho, estudos realizados com a MIRI vão ajudar os astrônomos a desvendar o nascimento das estrelas e até de sistemas protoplanetários. Fonte: Nasa via Canaltech