A Polícia Civil de Santa Catarina informou que desencadeou a operação “Toca do Coelho” para cumprir 14 mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva contra membros de uma torcida organizada acusada de tentar matar um paraense e outros atos de violência, ocorridos no último dia 20 de fevereiro, em uma conveniência e supermercado, no bairro Aventureiro, em Joinville, norte do Estado.
Os atos de selvageria deixaram o paraense Wellington Gleidson gravemente ferido após ser atingido com um barra de alumínio, chutes e socos. A emboscada contou com cerca de 30 criminosos disfarçados de integrantes de uma torcida organizada, que fez também mulheres e crianças vítimas da ação.
De acordo com a polícia catarinense, nesta primeira etapa, foram identificados 13 homens e nove mandados de prisão foram cumpridos. A família do paraense agredido, que ficou com sequelas após a tentativa de homicídio, informou que o principal acusado de ter desferido os golpes ainda não foi capturado.
A operação foi realizada com o apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE/PCSC), Divisão de Investigação Criminal (DIC/PCSC), 1ª, 2ª, 3ª, 5ª, 6ª Delegacia de Polícia de Joinville, Delegacia de Polícia de São Francisco e Araquari, totalizando 52 policias civis envolvidos.
No decorrer das diligências, no dia 5 de março de 2022, integrantes da torcida investiram contra uma viatura descaraterizada e agentes que realizavam campana na proximidade da sede da torcida, no bairro Bucarein, sendo que 5 homens foram presos em flagrante na época por dano ao patrimônio público e lesão corporal contra três policiais civis.
Os mandados foram expedidos pela Vara do Tribunal do Júri. Os suspeitos respondem por tentativa de homicídio. Na ocasião do ataque, torcedores paraenses de Paysandu e Remo estavam reunidos em uma loja de conveniência para assistirem ao clássico Re x PA pela televisão, quando os criminosos invadiram o local e implantaram o terror.