Conhecer a si mesmo para entender o mundo ao seu redor, evitando machucar-se e machucar. Aí reside o grande desafio da humanidade, hoje imersa em uma pandemia que afeta não apenas o corpo, mas também a alma.
É a certeza da dúvida que nos coloca contra a parede existencial, buscando respostas e inferindo ao mesmo tempo que a melhor dúvida é aquela que duvida da própria certeza. Nada a replicar. Somos seres em permanente contradição. Seguimos, por natureza, o caminho das pedras, tropeçando, caindo e levantando. Afinal, seriamos vítimas e algozes de nós mesmos?
O jornalista e escritor Vicente Cecim, que escreve obra sem palavras, com tinta invisível, nos leva a uma profunda reflexão sobre esses temas na série de quatro episódios ” A Cicatriz Perfeita”, que o Ver-o-Fato traz a seus leitores. Cecim, instigador e contundente, quer saber se é possível viver sem ser ferido pela vida.
Para ele, sim. E diz que isso é possível se o caminho das pedras for trocado pelo caminho das águas. Ou seja, o caminho duro pelo caminho flexível. O caminho das mutações, das metamorfoses. Em resumo: o caminho da cicatriz perfeita, que é a cicatriz que surge antes da ferida.
Você é uma pessoa criativa? Então, responda: se você fosse água, seria água corrente ou água estagnada? A pergunta embute isolamento, solidão, atitude, diálogo. Tudo a ver, nestes tempos de Covid-19.
Sigamos em frente, como peças anônimas de uma engrenagem anônima.
Vicente Cecim propõe que enfrentemos o trânsito da vida sem que nos deixemos atropelar por ela.
Vamos com ele, abrindo a trilha da descoberta rumo ao lago sereno.
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