A chamada cepa Indiana do covid-19 é uma variante que apresentou uma mutação que levou ao “aprimoramento” genético do vírus, o que melhora a capacidade de transmissão e permite que ele consiga invadir nosso organismo com mais facilidade. A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica a variante como um tipo “digno de preocupação global”.
Tal variante estava presente em 51 países e, na América do Sul, apenas na Argentina. Mas, desde a última quinta-feira, 20, o perigo ronda o Brasil. É que seis tripulantes de um navio que chegou ao Maranhão vindo da Malásia foram identificados com a variante indiana. Um deles está internado em um hospital de São Luís e os demais seguem na embarcação.
O Pará ainda não tem registro de casos confirmados ou suspeitos da nova cepa, mas a proximidade com o estado do Maranhão, e o intenso tráfego de pessoas em viagens interestaduais, levanta preocupação.
Nesse panorama, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), emitiu ontem uma nota de alerta para que os serviços de saúde do estado estejam atentos para identificação de casos da cepa indiana do coronavírus.
A Sespa também recomendou a diversos órgãos que haja uma intensificação da vigilância em portos, rodoviárias e aeroportos. Nesse sentido, as áreas de fronteira do Pará devem aumentar a vigilância para identificação de casos e realizar exames de RT-PCR – aquele que coleta material através de um tipo de cotonete – para que os positivos possam ser sequenciados, visando a identificação da variante e, assim, traçar estratégias para contê-la.
Essa preparação será decisiva para os rumos da pandemia no estado.
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