O jovem Alessandro José da Cruz Navarro, de 23 anos, tinha ligação com o crime, estava foragido do sistema penal, mas não conseguiu escapar da fúria de um grupo de extermínio, dos muitos que agem em Belém. Ele foi executado a tiros na sexta-feira (23), na comunidade Carlos Marighela, no bairro do Aurá, em Ananindeua, na Grande Belém.
Ele foi o terceiro homem com antecedentes criminais executado nas últimas 24 horas. As outras execuções ocorreram ontem, no Parque Verde e no bairro do Telégrafo e até agora os matadores não foram identificados pela polícia e continuam soltos, provavelmente procurando novas vítimas.
Somados aos três, somente esta semana, foram registradas quatro execuções e uma tentativa na Região Metropolitana de Belém, nos bairros de Águas Lindas e Jurunas.
Alessandro Navarro ainda correu para tentar salvar a vida, mas os “justiceiros” estavam decididos a cumprir a “missão”. O jovem criminoso foi executado na passagem dos Primos, na comunidade Marighela, após invadir uma casa na fuga. Ele tinha entradas no sistema penal por assalto a mão armada e estava evadido do Complexo Penitenciário de Santa Izabel.
Ainda na sexta-feira, Diego Alexandre Barreiros da Silva, de 30 anos, foi assassinado com quatro tiros, na travessa Estrela, entre o canal do Acampamento e a Rua Nova, no bairro do Telégrafo, em Belém, próximo do local onde morava.
Diego Silva também estava foragido do sistema penal estadual, de acordo com informações da Polícia Civil ao consultar o sistema de informações estatísticas do sistema penitenciário (Infopen). Ele respondia pelos crimes de tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.
A mulher de Diego Silva disse aos policiais que um Gol vermelho se aproximou da vítima, na travessa Estrela, quando um homem encapuzado desceu armado do veículo e na frente de várias pessoas, disparou várias vezes, matando-o na hora.
Na noite de quinta-feira (21), Carlos Alberto Lages Ribeiro Filho, de 37 anos, que também era envolvido com o crime e tinha passagens pelo sistema penal, foi executado com sete tiros, Ele tinha três passagens pelo sistema penal e estava foragido.
Caros Filho foi morto por dois homens que estavam em uma moto, na avenida Augusto Montenegro, próximo ao elevado e do supermercado Líder, na esquina da Rua Bragança, no Parque Verde.
Os disparos causaram correria e medo em quem passava pelo local. O 24° Batalhão da Polícia Militar foi acionado e verificou que Carlos Filho era foragido do sistema penal. Testemunhas deram poucos detalhes sobre o crime. A lei do silêncio impera nessas ocasiões.
Mais ações criminosas
Ainda na quinta-feira, o corpo de um homem não identificado foi encontrado no bairro de Águas Lindas, em Ananindeua, com mãos e pernas amarrados e um profundo corte na garganta. A vítima estava enrolada em duas lonas, na porta de uma chácara.
De acordo com a polícia, o corpo apresentava marcas de tortura e foi desovado no local pelos assassinos. Peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves informaram que ao retirar as lonas que enrolavam o corpo viram que havia marcas de cortes profundos no pescoço, provocados por facão ou terçado.
Conforme a perícia, as mãos da vítima estavam amarradas com um lacre plástico e as pernas com uma corda. A vítima tinha um bom porte físico.
O homem tinha uma tatuagem no braço direito com o nome Zeneide e outra nas costas, com o nome Emily.
Também na quinta-feira, um homem que trabalhava como segurança da feira do bairro do Jurunas, em Belém, sofreu uma tentativa de homicídio durante a madrugada. Segundo pessoas que passavam pelo local, um homem em uma motocicleta teria disparado pelo menos dez tiros na direção do vigia.
Após a ação, com a demora da chegada do atendimento médico do Samu e a fim de tentar salvar a vida do segurança, populares que estavam no local resolveram botar o rapaz em cima de um carrinho de mão de madeira para que ele fosse conduzido até a Unidade Básica de Saúde do Jurunas, que fica bem próximo do local, também na avenida Fernando Guilhon.
Ainda não se tem notícia se o rapaz sobreviveu ou está internado em estado grave. No posto de saúde não havia condições de melhor atendimento, devido à gravidade dos ferimentos, o segurança foi transferido para um hospital.
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