Uma abordagem policial em Barueri, na Grande São Paulo, terminou em agressões a uma idosa de 63 anos e a seu filho. O caso, que começou com uma abordagem de rotina, escalou rapidamente, gerando indignação nas redes sociais e dividindo opiniões. Novas imagens divulgadas, agora das câmeras do uniforme da PM, mostra uma nova perspectiva da confusão, dividindo opiniões nas redes sociais.
No vídeo, o soldado inicia a abordagem ao jovem Matheus Higino Lima Silva, de 18 anos, questionando-o sobre documentos do veículo. Matheus, que estava sem os papéis, pediu para que sua moto não fosse apreendida, o que inicialmente ocorreu de forma pacífica.
O clima mudou quando Juarez Higino Lima Junior, pai de Matheus, se exaltou ao ouvir que a moto poderia ser recolhida. Ele ameaçou “colocar fogo no veículo” e avançou em direção à moto, desencadeando um tumulto. O policial, então, sacou sua taser e chamou reforços. Com a chegada de parentes, a confusão aumentou.
Segundo as imagens da câmera, o policial questionou um superior sobre a possibilidade de conduzir Matheus à delegacia por desacato, após o jovem chamar os agentes de “lixo”. O tenente autorizou, mas a situação escalou quando a família tentou impedir que os policiais levassem o jovem, fechando o portão da casa.
Vídeos gravados por testemunhas mostram o uso de força excessiva. Juarez foi imobilizado com um golpe de mata-leão, técnica proibida pela Polícia Militar desde 2020. Sua mãe, Lenilda Messias Santos Lima, foi empurrada, chutada e puxada pela gola de seu casaco, resultando em ferimentos no rosto.
Juarez relatou que os policiais invadiram a residência sem permissão. “Eles vieram e deram um monte de pontapé, abriram a porta à força e entraram com armas apontadas para nós. Foi uma cena de terror, com agressões a todos”, afirmou.
Após as agressões, Juarez, Matheus e Lenilda foram levados ao pronto-socorro e, posteriormente, à Delegacia de Polícia de Barueri. O caso foi registrado como desacato, resistência, lesão corporal e abuso de autoridade.
Os policiais justificaram a entrada no imóvel pela “caracterização de flagrante”, alegando que Matheus havia cometido desacato. Nas redes sociais, o caso dividiu opiniões, especialmente após a divulgação das imagens da câmera corporal, que mostram xingamentos dirigidos aos policiais.
A Polícia Militar informou que os atos dos agentes serão apurados. O uso de força em abordagens é frequentemente alvo de críticas, com especialistas apontando para a necessidade de maior preparo e protocolos mais rigorosos para evitar situações como essa.
O caso segue sob investigação.