Em um episódio de brutalidade que evidencia o crescente desrespeito à vida e à convivência, uma cadela foi cruelmente morta a facadas pelo próprio tutor em Gurupi, no sul do Tocantins. O crime aconteceu na noite de domingo (3), no bairro Jardim dos Buritis, e deixou moradores em choque.
Vizinhos tentaram intervir e até chamar socorro, mas o animal, atingido por pelo menos cinco golpes de faca, não resistiu. O suspeito fugiu do local e está sendo procurado pela polícia.
Segundo relatos, o tutor do animal estava irritado desde o período da manhã, quando a cadela brincava, correndo atrás de duas galinhas na propriedade onde ambos viviam. À noite, a tensão culminou em violência extrema: vizinhos presenciaram o homem enforcando o animal.
Uma moradora tentou resgatar a cadela, mas foi mordida, aparentemente devido ao desespero do animal diante da agressão. A Polícia Militar confirmou que o agressor ainda a golpeou com uma ripa de madeira antes de pegar uma faca e desferir os golpes fatais.
O caso trouxe à tona uma onda de indignação entre os defensores dos animais e a comunidade local. Diane Perinazzo, da ONG Vitória dos Bichos, que atua na proteção dos direitos dos animais, esteve no local para acompanhar o caso e relatou a cena perturbadora. “Nem consegui dormir”, confessou Diane, ainda abalada pelo que testemunhou.
Seres indefesos
A Secretaria de Segurança Pública informou que a residência onde o crime ocorreu foi periciada e que o caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Gurupi, enquanto buscas continuam para localizar o agressor. O caso expõe não apenas a brutalidade do ato, mas o quão longe a crueldade humana pode ir, atingindo até mesmo seres indefesos que, em outros tempos, seriam apenas companheiros e protetores.
Casos de maus-tratos a animais, infelizmente, se tornaram frequentes, e a repetição de episódios como este sugere uma inquietante incapacidade de convivência e empatia de certos indivíduos, questionando até onde vai o limite da violência.
Este caso não é isolado. Em um mundo onde convivência pacífica parece cada vez mais ameaçada, a falta de empatia e de autocontrole em episódios como esse mostram que a crueldade não escolhe vítimas — ela se manifesta contra aqueles que são mais indefesos, em episódios que representam uma inquietante degradação de valores e da própria humanidade.