Na manhã desta quinta-feira (4), a Polícia Federal anunciou a bem-sucedida recaptura dos dois fugitivos que haviam escapado da Penitenciária Federal de Mossoró, situada no Rio Grande do Norte. Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, estavam foragidos desde o dia 14 de fevereiro, totalizando 52 dias em fuga antes de serem localizados.
Segundo informações obtidas pela TV Globo junto a investigadores, a operação que resultou na captura da dupla ocorreu na cidade de Marabá, no Pará, onde foram detidos por agentes da Polícia Federal. De acordo com as autoridades, os dois indivíduos serão transferidos de volta para a Penitenciária Federal de Mossoró.
Os fugitivos, originários do estado do Acre, estavam cumprindo pena na unidade desde setembro de 2023 e são associados à facção criminosa conhecida como Comando Vermelho.
A fuga dos detentos foi realizada através de um plano meticuloso: os fugitivos abriram caminho por um buraco escondido atrás de uma luminária na penitenciária e cortaram duas cercas de arame utilizando ferramentas provenientes de uma obra em andamento dentro do presídio.
Este incidente marca a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que além de Mossoró, engloba unidades em Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO). O ocorrido destaca a importância de medidas adicionais de segurança e vigilância nas instalações penitenciárias federais para prevenir futuras fugas e garantir a integridade do sistema carcerário nacional.
Recaptura de Fugitivos Envolvendo Força-Tarefa: Operação Custo R$ 2,1 Milhões
A complexa operação que resultou na recaptura dos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró contou com a atuação de uma abrangente força-tarefa composta por diversas agências de segurança. Após a fuga dos detentos, autoridades locais e federais uniram esforços para localizar e deter os foragidos. A força-tarefa incluiu a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar do estado.
Além disso, a Força Nacional também foi acionada para auxiliar nas buscas. Contudo, após 46 dias de intensa operação, a Força Nacional se retirou da força-tarefa em 30 de março. A partir desse momento, as investigações passaram a ser direcionadas para ações de inteligência, conforme declarado pelo Ministério da Justiça.
De acordo com levantamento realizado pela GloboNews, somente com as forças federais envolvidas na operação, os gastos públicos alcançaram a marca de R$ 2,1 milhões. A distribuição desse montante é detalhada da seguinte forma:
- Polícia Federal: R$ 497.812
- Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen): R$ 372.218,62
- Força Nacional: R$ 1.245.549
Esses números refletem o empenho das autoridades em recuperar os detentos foragidos, assim como os custos envolvidos nas operações de segurança pública de grande envergadura.
A máxima de João Seixas se cumpriu
As prisões desses dois fugitivos do presídio federal de Mossoró, faz a gente lembrar de uma velha frase, muito atual, do jornalista paraense João Seixas, já falecido: Dizia ele, com certeiro dom profético; “é aqui que os artistas se acabam”.
É verdade. Quem se lembra das prisões do mafioso italiano Tomaso Buschetta, do assalto ao trem pagador inglês e do Darli Alves, assassino do ambientalista Chico Mendes? Ambos foram presos no Pará, após ser procurados em todo o Brasil e até no exterior. Do Ver-o-Fato, com informações de G1.