Em jogo eletrizante no primeiro tempo, com muitos gols, Remo e Tuna voltam para segunda etapa com o jogo empatado. Apesar do domínio dos donos da casa, na fase final, quem matou o jogo foi o visitante, aplicando 3 a 2, num golaço do garoto Gabriel. Se o Leão foi melhor, a Lusa venceu por ter sido mais eficiente na conclusão das jogadas.
Clube do Remo e Tuna Luso se enfrentaram na noite desta quinta-feira (20h), no estádio do Baenão, pela quarta rodada do campeonato paraense 2024. O Remo chegou para o derby em busca de encostar no líder Paysandu. Com dois jogos a menos o Leão não podia ficar atrás de seu maior rival. Nos três últimos confrontos entre Leão e Águia, os azulinos levaram vantagem (Duas vitórias do Remo e Uma vitória da Tuna).
As duas equipes chegaram para o clássico invictas na competição e ostentam um dos melhores ataques do Parazão. Uma vitória nesta noite era de suma importância, pois as duas equipes estavam na segunda colocação em seus grupos.
A bola rolou e o jogo começou muito corrido e equilibrado. Até que aos 12 minutos, depois uma cobrança de escanteio a favor da Tuna, a bola foi levantada dentro da pequena área, a meio metro do gol. O zagueirão Dedé, sozinho, nem precisou subir, cabeceou e colocou a bola no fundo do gol. Águia Guerreira 1×0.
Mas não deu nem tempo de comemorar. Aos 16 minutos, depois de uma jogada pela direta do ataque, Vidal tocou em profundidade para Felipinho, que cruzou rasteiro, e Marlon, da Tuna Luso, faz contra. Tudo igual no placar. 1×1.
E o jogo estava insano. Aos 18 minutos, um lance inacreditável. Depois de um cruzamento pela direita do ataque da Águia, a bola foi levantada e Alex Silva cabeceou na pequena área do Leão, Marcelo Rangel fez boa defesa, mas a bola sobrou para Chula que, em cima do gol, sem goleiro, mandou por cima do gol. O atacante protagonizou o gol mais perdido dos últimos anos. Impressionante.
O jogo não parava, parecia final de campeonato. Aos 24, depois de um cruzamento perfeito de Wander na área azulina, dessa vez o artilheiro do campeonato, Chula, Não desperdiçou, só tocou na redonda e ela parou no fundo das redes. De novo, a Tuna na frente. 2×1. Jogaço!
O jogo estava absurdo, nem precisava do segundo tempo para perceber que de longe era o melhor jogo do campeonato. Aos 34 minutos, depois de um levantamento perfeito vindo da direita do ataque remista, a bola foi na cabeça de Jaderson, que dentro da pequena área, de peixinho, decretou o gol de empate do Leão. 2×2. Os caras não paravam. Foi o fim do primeiro tempo.
Foram os 45 minutos mais intensos e emocionantes dos últimos tempos do futebol paraense. Foi um jogo em que ninguém que estava assistindo percebeu o quanto o tempo passou rápido. As duas equipes vieram de“peito aberto, para o tudo ou nada em busca da vitória.
Gabriel mata na hora
O segundo tempo começou menos intenso que na primeira etapa, mas claramente a mudança de Ricardo Catalá colocou o Remo como protagonista. Sobretudo pela presença do atacante Ribamar, que entrou muito bem, caindo pela esquerda do ataque.
O primeiro lance de emoção do segundo tempo só veio aos 23. Ribamar foi lançado na correria, entrou na área da Tuna e chutou raspando a trave. Quase o gol de desempate do Remo.
O tempo foi passando e a tônica da partida não mudava, O Leão era o dono da bola e das ações ofensivas da partida, rondava a intermediária da Águia mas não conseguia transformar em perigo de gol.
Até que aos 35 minutos, Ribamar recebeu dentro da área, limpou o zagueiro e foi derrubado, Pênalti para o Remo. Na cobrança Ytalo mandou muito mal e o goleirão defendeu com os pés. O rebote a bola sobrou novamente para Ytalo, mas dessa vez quem afastou foi a zaga. O jogo permanecia 2×2.
Mas em clássico não se perde pênalti e fica por isso mesmo. Aos 45 minutos, no finzinho do jogo, Gabriel foi lançado pela esquerda do ataque, ele recebeu, entortou o zagueiro e bateu cruzado para virar a partida. 3×2. O goleirão Marcelo Rangel aceitou um gol de uma bola bem defensável. O arqueiro remista chamou gol esta noite.
Fim de jogo. Foi uma segunda etapa menos intensa que a primeira, que na maior parte do tempo teve domínio azulino, mas como o ditado diz “quem não faz leva” a Tuna matou o jogo no final, muito pelo talento de Germano, que foi dono do meio de campo da Águia Guerreira.
Escalações:
Remo: Marcelo Rangel; Vidal, Ligger, Ícaro e Raimar; Daniel, Pavani (Ribamar) e Jaderson, Felipinho (Kelvin), Marco Antônio (Camilo) e Ytalo.
Tuna: Iago Hass; Wander, Dedé, Marlon (Yan) e Wesley; Renan Metz (Jhonnatan), Tiago Bagagem, Jhonnatan e Germano; Luquinhas (Gabriel) e Jonathan Chula (Leandro Cearense).
MELHORES MOMENTOS E GOLS: