A resistência antimicrobiana (RAM) é uma pandemia silenciosa que representa grande ameaça à saúde pública Doenças antes curáveis tornam-se fatais à medida que vírus, fungos e bactérias deixam de reagir aos medicamentos, dificultando o tratamento de infecções e facilitando a disseminação de doenças.
Com base em um documento da Organização das Nações Unidas, estima-se que as doenças resistentes a medicamentos poderão causar 10 milhões de mortes por ano até 2050. Portanto, empresas como a Essity, líder mundial em produtos e soluções de higiene e saúde, por meio de sua unidade de negócios Health & Medical, contribui para a Semana Mundial de Conscientização sobre o Uso de Antimicrobianos, com o objetivo de aumentar a conscientização e informar sobre a resistência antimicrobiana (RAM), endossando seu compromisso de continuar promovendo melhores práticas médicas.
Um dos dados apresentados pelo “Relatório de Higiene e Saúde Essity 2023”, informa que é provável que ocorram mais pandemias no futuro, impulsionadas por uma variedade de fatores, como mudanças climáticas, pecuária e urbanização. No entanto, investir em soluções de tratamento de infecções que reduzam a quantidade de uso de antibióticos pode ajudar a obter melhores resultados de saúde, reduzir infecções, pandemias e diminuir os altos custos de seu gerenciamento.
Garantir o acesso à água potável, ao saneamento e aos produtos de higiene exigiria um investimento médio de US$ 10,3 a 11,5 milhões por ano, muito menos do que o custo da preparação para pandemias, de cerca de US$ 30,1 bilhões. Uma quantia insignificante quando comparada ao custo estimado de US$ 12,5 bilhões gastos globalmente durante a pandemia da Covid-19.
Investir na prevenção da resistência antimicrobiana (RAM) exige o envolvimento de várias partes interessadas. Governos, prestadores de serviços de saúde, universidades, sociedade civil e empresas devem colaborar juntos em nível local, nacional e global para melhorar o tratamento de infecções, oferecer soluções que reduzam o uso de antibióticos para a prevenção das infecções e estabelecer medidas que, apoiadas por educação e treinamento, enfatizem a relação custo-benefício como foco principal.
Desconheciam
“Em 2017, estabelecemos uma parceria com a Fundação das Nações Unidas, em colaboração com especialistas internacionais em RAM, com o objetivo de propor e implementar estratégias para abordar e aumentar a conscientização sobre esse desafio global. Recentemente, apresentamos os resultados de nossa pesquisa global ‘Higiene e Saúde 2023’, que relatou que 50% das pessoas pesquisadas não sabiam o que é RAM. Essa falta de conhecimento nos leva a tomar medidas concretas para informar e educar a população sobre esse importante problema de saúde e como reduzir sua incidência”, explica Diego Becker, Diretor Comercial de Health & Medical na Essity Brasil.
A Essity está convencida de que a administração antimicrobiana no cuidado e tratamento de feridas deve ser incorporada aos padrões e práticas de cuidado desde o início. Para que em trabalho conjunto com as instituições de saúde se atendam às necessidades imediatas e, ao mesmo tempo, invista-se em soluções de longo prazo baseadas em prevenção, garantindo que a resistência antimicrobiana seja parte integrante de uma educação sanitária mais ampla.
Quando se trata de combater a resistência antimicrobiana, a experiência da Essity está no aprimoramento das soluções de higiene das mãos por meio de suas marcas Cutimed® Sorbact® para questões de RAM. A Essity fornece curativos para tratamento de feridas que utilizam uma abordagem inovadora para reduzir a carga biológica nas lesões sem usar nenhum agente quimicamente ativo, o que pode ajudar a reduzir o uso excessivo de antibióticos, além de oferecer segurança, pois utiliza um antimicrobiano que não libera química, evitando, assim, a absorção sistêmica. Fonte: PRNewswire.
Conheça agora quais são as 10 bactérias mais resistentes do mundo:
10 – Streptococcus pyogenes
Esta bactéria causa mais de 700 milhões de infecções no mundo todos os anos, e tem uma taxa de mortalidade de 25% nos casos mais sérios. Uma vez que você tenha uma infecção dessa bactéria, ela pode desencadear uma série de outras doenças como uma dor de garganta, impetigo (infecção de pele) até mesmo escarlatina. Por sorte, a bactéria é sensível a penicilina e tratada com facilidade na maior parte dos casos. Contudo, novas cepas estão ficando resistentes a outros tipos de antibióticos.
9 – Neisseria gonorrhoeae
A gonorreia, infecção sexualmente transmissível, causa vários problemas tanto em homens quanto mulheres. Este tipo de bactéria vem apresentando mutações ao longo de 50 anos, se adaptando lentamente as diferentes abordagens médicas, a medida que foram aplicados antibióticos diferentes no combate à doença. Esta bactéria possui pequenos pelinhos chamados de “pili”, que agem como ganchos que tem uma força 100 mil vezes maior que seu próprio peso. Com esta força, a pili pode mover a célula infectada e anexá-la a outras células saudáveis, tornando o tratamento ainda mais demorado e complicado.
8 – Mycobacterium tuberculosis
A tuberculose já foi conhecida por diversos nomes, como escrófula e peste branca. Também é conhecida por mortes e destruição ao longo da história. Acredita-se que Nefertiti e seu marido, o Faraó Akhenaton morreram de tuberculose por volta de 1330 aC, onde foram encontrados documentos do Egito Antigo que falam sobre os perigos da doença. Apesar de os casos terem diminuído consideravelmente ao longo da história, a sua resistência a antibióticos aumentou no início dos anos 90. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a tuberculose também é a principal causa de óbitos relacionados à resistência bacteriana e a principal causa de morte entre pessoas com HIV.
7 – Acinetobacter baumannii
Esta superbactéria pode desencadear pneumonia, meningite e infecção urinária. Ela tornou-se muito resistente durante a guerra do Iraque entre os soldados feridos que passavam por diferentes instalações médicas. A bactéria pode sobreviver a condições difíceis por longos períodos de tempo, por isso, é mais difícil combater em pacientes que estão mais fracos. Assim como as outras bactérias, a melhor forma de combate-la é cuidando da higienização em ambientes onde ocorrem cuidados com a saúde.
6 – Escherichia coli (E. coli)
Esta bactéria é inofensiva enquanto está no intestino humano. Contudo, pode causar sérios problemas quando em contato com outros órgãos, levando a infecções alimentares, assim como meningites e infecção urinária. O alto nível de resistência dos antibióticos foram encontrados em cepas do E. coli, sendo um exemplo preocupante de bactéria que tem potencial de causar problemas se o uso de antibióticos não for feito de maneira correta do início ao fim do tratamento.
5 – Klebsiella pneumoniae
Esta é conhecida por causar uma série de infecções e ser bastante resistente a vários antibióticos. Primeiro, afeta pessoas de meia idade e idosos com sistema imunológico mais fraco, é mais frequente em pacientes internados que precisam estar ligados a aparelhos para respirar, que tomam injeções diretamente na veia por muito tempo ou que fazem muitos tratamentos seguidos com antibióticos. Devido sua alta resistência, é comum médicos solicitarem exames mais específicos para identificar qual tipo de cepa está presente e como saber trata-la com mais eficácia.
4 – Clostridium difficile
A C. difficile é uma das superbactérias mais presente em hospitais ao redor do mundo. Sua principal consequência é um tipo de diarreia muito forte que se espalha rapidamente e pode se levar a complicações no cólon. Um surto recente dessa bactéria virou notícia no Reino Unido quando em um hospital de Eastbourne morreram 13 pessoas e 17 fizeram tratamento contra a bactéria. Os médicos relataram neste caso que a variação dessa bactéria produzia 20 vezes mais toxinas do que outras e era resistente a vários medicamentos.
3 – Pseudomonas aeruginosa
Por sua rápida mutação e adaptação a diferentes tratamentos a antibióticos, esta bactéria habilmente desenvolve resistência a esses medicamentos. É descrita como ‘oportunista’ por primordialmente afeta pessoas com a imunidade comprometida, como pacientes em tratamento de AIDS, câncer, transplante ou fibrose cística, causando sérias complicações ou até mesmo a morte.
2 – Burkholderia cepacia
Descoberta em 1949, a bactéria causa o apodrecimento de cebolas, mas também pode ser muito perigosa para humanos. Embora responda ao tratamento com combinação de antibióticos, já há casos em que a bactéria tem altos níveis de resistência e pode sobreviver a condições extremas. Pode ser particularmente perigosa para quem já tem condições pulmonares preexistentes, como fibrose cística.
1 – Staphylococcus aureus (MRSA)
Mais conhecida como MRSA, a bactéria está presente naturalmente na pele, mas se invadir outras partes do corpo, pode causar diferentes infecções, como a meningite e pneumonia. O caso mais recente conhecido por infecção a esta bactéria foi de Arthur Araujo Lula da Silva, de apenas 7 anos (neto do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva) que acabou falecendo horas depois de dar entrada no hospital.
Na década de 60, 80% das amostras de MRSA eram resistentes aos antibióticos. A meticilina é um antibiótico geralmente eficaz no tratamento dessa bactéria, porém, já existem cepas resistentes a esse tipo e a quase todos os antibióticos betalactâmicos, essa classe de antibióticos inclui as penicilinas (oxacilina, meticilina) e as cefalosporinas.