Foram mais de três meses de exposição com mais de 120 artistas de todos os países da Pan-Amazônia e Estados da Amazônia Brasileira.
O próximo domingo (12) será marcado pelo encerramento da primeira edição da Bienal das Amazônias, um projeto que movimentou a cidade nos últimos três meses pela sua proposta ousada e disruptiva em vários aspectos. Foram mais de dez anos de amadurecimento de uma ideia de reunir em uma bienal de artes visuais trabalhos que representassem as mais diversas manifestações e identidades dos povos que habitam e vivem nos territórios amazônicos, trazendo para uma galeria – e para além dela – uma arte contemporânea e ao mesmo tempo ancestral, que dialoga universalmente com as particularidades de cada país da Pan-Amazônia e cada Estado da Amazônia brasileira.
Com o tema ‘Bubuia – Águas como fonte de imaginações e desejos’, inspiração na obra do poeta João de Jesus Paes Loureiro, a primeira edição da Bienal das Amazônias trouxe, em seu conceito a ideia das águas como o elemento que interliga todas as Amazônias, por meio dos seus rios que se espalham pelas florestas e também os rios suspensos de umidade, que transportam ideias, sonhos e esperanças por todo o território amazônico, unindo os seus mais diversos povos em suas inspirações e aspirações.
Nestes três últimos dias, a Bienal das Amazônias tem uma programação intensa com bate-papos com artistas e autoridades da arte, apresentações de performances, além de horários estendidos. Na sexta (10), a Bienal abre de 11h às 20h. Às 15h, dentro do ato formativo ‘Bubuias Falantes’, desenvolvido pelo projeto pedagógico, tem a conversa com as artistas Sereia Caraguejo e Natalia Lobo, no Espaço Performance, terceiro piso da Bienal das Amazônias. Logo em seguida, às 16h30, no mesmo espaço, o corpo curatorial da exposição, Sapukai, formado por KeynaEleison e Vânia Leal, integra a roda de conversa ‘O Grito das Sapukai’, o encontro será realizado em parceria com a Fundação Nacional de Artes (Funarte) e contará com a abertura da presidenta da instituição, Maria Marighela. A diretora da Funarte, Sandra Benites, que participou de grande parte do desenvolvimento do projeto e concretização da Bienal das Amazônias, também integrará a mesa.
No sábado (11), o horário de funcionamento também será de 11h às 20h, e o dia será marcado por três performances, uma delas de artista selecionado no edital público, divulgado pela instituição no primeiro semestre. A programação começa às 11h da manhã, com a apresentação da performance ‘Resitência’, de Lúcia Gomes. No período da tarde, às 17h, a apresentação da performance ‘Criada para Criar”, de Sereia Caranguejo. No domingo (12), último dia da Bienal das Amazônias, a exposição estará aberta de 10h às 18h, e logo às 11h ocorre uma edição especial do ‘Bubuias Falantes’, uma conversa com a artista homenageada na Bienal das Amazônia, a fotógrafa Elza Lima e, a partir das 17h, ocorre o encerramento da primeira edição da Bienal das Amazônias com um bate-papo com a artista Glicéria Tupinambá, seguido da apresentação da performance da artista, ‘Desbatismo’. Todas as programações ocorrerão no Espaço Performance, no terceiro piso da Bienal das Amazônias e o bate-papos contarão com áudiodescrição e tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
BIENAL FOI UM SUCESSO E AGORA SEGUE PARA UMA VERSÃO ITINERANTE
Aberta ao público no dia 04 de agosto, a Bienal das Amazônias atravessou os últimos três meses apresentando ao público de Belém, e aos turistas que visitaram a cidade, uma exposição de arte surpreendente em todos os aspectos. A começar pela escolha do lugar, o antigo prédio de uma tradicional loja de departamentos, um lugar que tem uma relação próxima e que fez parte da vida da maior parte da população de Belém. O espaço de mais de 7 mil metros quadrados foi totalmente reformado e adaptado para receber a Bienal das Amazônias em apenas 45 dias. Após a abertura, os impactos positivos se espraiaram ao longo de quatro andares com as obras de mais de 120 artistas de todos os países da Pan-Amazônia: Chile, Bolívia, Equador, Colômbia, Peru, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa, Suriname, além do Brasil, com artistas de todos os estados que compõem a Amazônia Brasileira: Pará, Amazonas, Acre, Amapá, Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso.
A diversidade e pluralidade de artistas presentes na Bienal das Amazônias também são um destaque positivo desta primeira edição. A própria instituição traz, em sua linha de frente, este sinal de diversidade. A Bienal das Amazônias é fundada e presidida por Lívia Condurú, produtora cultural que há mais de duas décadas atua no fomento ao desenvolvimento de ações socioculturais nas artes e comunicação na Amazônia.
Para esta primeira edição da Bienal das Amazônias, Lívia convidou quatro mulheres que formaram um corpo curatorial, chamado Sapukai, são elas: a carioca KeynaEleison, a paraense Vânia Leal, a sul-mato-grossense e ativista guarani Sandra Benites, e a paraense Flavya Mutran. As duas últimas precisaram se desligar da Bienal das Amazônias para assumir outros projetos, mas foram fundamentais em todo o processo conceptivo e deixaram a sua marca intelectual nesta primeira edição.
PÚBLICO – A Bienal das Amazônias recebeu, de maneira totalmente gratuita, entre o dia 03 de agosto até o último dia 22 de outubro de 2023, 18.552 visitantes de todas as faixas etárias. Desse quantitativo, 80% deles são moradores da grande Belém. Dentro do universo escolar, entre escolas públicas e privadas, aproximadamente 1.560 alunos foram atendidos, entre eles 400 alunos do Colégio Estadual de Ensino Fundamental Paes de Carvalho, que fizeram avaliações no espaço da Bienal, tendo a exposição como mote durante vários dias do mês de setembro. Escolas municipais de Ourém e Colares também fizeram visita mediada.
Além do público local, a Bienal das Amazônias teve também um público todo especial, sendo prestigiada por autoridades e formadores de opinião de todo o país. Passaram pelos quatro andares da exposição às ministras Margareth Menezes (Cultura) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas); Izabella Teixeira, Co-chair do Painel Internacional de Recursos Naturais da ONU; Luciana Gondin, diretora executiva do Instituto Cultural Vale; os jornalistas Zeca Camargo e Lúcio Flávio Pinto; o professor e poeta João de Jesus Paes Loureiro; a atriz Dira Paes; a artista Jaqueline Santiago, diretora institucional do Coletivo Pivô (SP/BA); o curador do Instituto Inhotim (MG), Deri Andrade; além da diretoria executiva da Vale, patrocinadora do projeto.
A partir de abril de 2024, a Bienal das Amazônias fará itinerância de um recorte de sua primeira edição pelas cidades de Macapá (AP), Manaus (AM), São Luís (MA), Canaã dos Carajás (PA) e Marabá (PA). Além disso, a partir de maio de 2024, e ao longo de sete meses, haverá também a circulação do projeto Bienal das Amazônias sobre as Águas, por meio de um barco-obra, que levará a exposição oriunda da primeira edição da Bienal das Amazônias, assim como amplo projeto educativo-pedagógico, a 30 cidades que ficam às margens de rios amazônicos, e que não possuem aparelhos culturais.
Projeto realizado por meio da Lei de Incentivo Federal à Cultura Rouanet. Patrocínio Master: Institutoculturalvale Patrocínio: Mercado Livre
Apoio Institucional: Embaixada da França no Brasil, Goethe Institut, Instituto Francês, Cultural Circular – British Council e Oi Futuro, Sistema Integrado de Museus e Memoriais do Pará, Secretaria de Cultura do Pará, Governo do Estado do Pará, Fundação Cultural do Munícipio de Belém, Prefeitura de Belém, Museu da UFPA, Universidade Federal do Pará, Fadesp, Instituto Peabiru.
Apoio: Prosas, Jurunense, Eletrotransol Tecnologia, Design da Luz Iluminação e Projeto. Transportadora oficial: ArtQuality
Realização: Bienal das Amazônias, Apneia Cultural, Ministério da Cultura, Governo Federal. CONTATOS Assessoria de Imprensa Bienal das Amazônias. Rita Soares. imprensa@bienalamazonias.com.br (91) 99212988