As autoridades do Quênia encontraram mais de 12 corpos sem vidas vítimas de uma seita evangélica que prega a “salvação da vida” por meio de jejum, que foi popularizado e liderado pelo pastor Paul Nthenge Mackenzie.
Assim, chega a 403 pessoas que foram mortas por seguirem a este tipo de prática pelo grupo. Segundo as autópsias médicas, além da inanição foram identificados nos corpos das vítimas, entre elas crianças, indicadores de agressões, asfixia e estrangulamento.
As autoridades do país ainda buscam corpos desaparecidos na região da floresta do Shakahola, local onde ocorreram as mortes e acreditam que este número de vítimas aumente.
O Massacre de Shakahola
Paul Nthenge Mackenzie era o líder da seita religiosa em que atraiu pessoas para a floresta de Shakahola prometendo aos seguidores a salvação da alma e o encontro com Jesus por meio de um jejum que chegue a inanição (estado de fome crônica).
A jornada do ex-taxista Mackenzie começou em 2002 em um pátio na cidade Malindi. Junto com Ruth Kahindi, que conheceu Mackenzie em uma igreja batista e o convidou para ir à sua casa, eles formaram sua própria instituição religiosa, a Igreja Internacional das Boas Novas.
Os membros da seita religiosa abandonaram as suas casas e famílias acreditando na palavra do pastor em que falava sobre a chegada de um possível apocalipse, atraindo-os para a Floresta de Shakahola território em que se propagava como o santuário para as almas, mas na verdade era o reduto de vários crimes cometidos.
O líder religioso está preso desde o dia 16 de abril e responderá pelos crimes, entre eles o terrorismo. Mais 16 pessoas estão sendo acusadas de fazer parte da igreja participando como “vigia” dos seguidores para que nenhum fiel deixe de cumprir o jejum, ou escape da floresta. AE, com agências internacionais