A campanha é boa, pelo respeito a diversidade nos estádios de futebol, mas o uso do chamado pronome neutro está fazendo o Governo do Pará receber críticas nas redes sociais.
A apresentação da propaganda apresenta o termo “todes” e, durante o vídeo, duas pessoas utilizam “juntes”, com intuito de incluir através da linguagem as minorias que não se identificam com os gêneros masculino e feminino, o que ainda gera muita polêmica. Além de usar o ‘E’, alguns também sugerem o uso do “U”, “X” e até “@” com o mesmo intuito.
A maioria dos comentários aponta desrespeito contra a língua portuguesa. Parte dos professores e gramáticos da Língua Portuguesa que discutem essa questão defendem que a variedade masculina dos pronomes e dos artigos já abrange a neutralidade.
Em suma, os argumentos contrários têm como base o fato do gênero masculino ser considerado neutro pelos órgãos que regulam os idiomas. Em outras palavras, como o masculino designa todos os gêneros, em teoria, nenhuma alteração seria necessária.
Os defensores do uso da linguagem neutra acreditam que essa forma de expressão contribui para acolher, respeitar e valorizar a diversidade; lutar contra a intolerância de gênero e o machismo; identificar e visibilizar todos os gêneros, inclusive os neutros; não privilegiar um determinado grupo em detrimento de outros; causar uma reflexão sobre desigualdade de gênero em outras áreas além da língua; gerar reflexão sobre a desigualdade de gênero em outros âmbitos para além da linguagem.