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Helder Barbalho abriu em grande estilo sua atuação no Ministério da Integração Nacional, autorizando ontem o reconhecimento de situação de emergência no município de Monte Alegre, no oeste paraense, onde no último dia 2 ocorreram chuvas que provocaram deslizamento de morros e desabrigo de famílias.
Com o reconhecimento da emergência, como informa em manchete da página 3 da edição de hoje do “Diário do Pará”, o jornal da família Barbalho, o prefeito de Monte Alegre, Arinos Chaves, que por feliz coincidência é do PMDB, o mesmo partido do ministro, poderá se habilitar a receber verbas para ajudar as famílias que sofreram prejuízos com a chuva.
O gesto de Helder, logicamente, é de um altruismo social que merece aplausos, porque demonstra preocupação com pobres e desvalidos, que perderam o pouco que já tinham com as enchentes e deslizamentos de morros. Por outro lado, tal gesto não deveria centralizar o foco da preocupação do ministro apenas com uma prefeitura governada pelo PMDB.
Afinal, o ministro é ministro também de eleitores de outros 30 partidos existentes no País, e não apenas do PMDB. Seria o caso, por exemplo, de autorizar, desde que assim solicitado formalmente, é lógico, o reconhecimento da situação de emergência em Belém, onde ontem uma chuva de apenas 30 minutos provocou grandes estragos em milhares de residências de bairros populosos da capital.
A questão é a seguinte: se a prefeitura de Belém, governada pelo PSDB – agora aliado do governo de Michel Temer no plano nacional, mas inimigo político de Helder no plano regional – pedisse ao ministro o mesmo benefício concedido à prefeitura de Monte Alegre, ele o concederia?
Não é pergunta para ouvir e calar.
Ou é?
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