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Paraguassú Éleres, meu pai, escreveu este livro em 1975, com informações do mundo que nos rodeia, quando Fábio, meu irmão mais velho, tinha 8 anos. Começa pelo ambiente mais próximo: a casa, a pracinha do Conjunto do Basa, onde morávamos, a quadra, o bairro, as ruas, as estradas, os rios, mundo que completava quando voltava das campanhas topográficas nos campos do Marajó, nas matas da Amazônia, encantando-nos com suas aventuras entre os índios Yanomami, e nas noites claras, com a luneta astronômica nos mostrava o “céu”, onde víamos crateras da Lua, o movimento dos planetas e estrelas (os lindos anéis de Saturno !) e tanto quanto possível, o nosso Pairágua nos integrava o micro e o macrocosmo.
Lembro que, lá pelos meus 8 anos, folheei o livro com papai, mas então vieram as viagens de Agrimensura com questões jurídicas que o nortearam a estudar Direito, depois a direção da Defensoria Pública, o Mestrado, o Magistério e tantos outros compromissos, de modo que pouco depois, quando chegaram Marília e os gêmeos Ricardo e Cristina o “livro” já fazia parte do acervo da pasta “Documentos Humanos”.
Nascem Gabriel, Lucas, Giovani, Bruna, Alexandre, Henrique, Laís Cecília e Ghido, e com eles, a vontade de publicar o texto com as páginas já amareladas, datilografadas há 40 anos pelo hoje avô, o qual renova as “informações do mundo que nos rodeia”, como fazia na aurora da nossa infância. Com os mesmos desenhos que fez e a colaboração da Imprensa Oficial do Pará, Parágua presenteia outras crianças com o livro que nos ensinou sobre o mundo, reafirmando que “basta amor e humor, que o resto vem sem dor”
Gisele Éleres
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