O ex-prefeito Adamor Aires: autoridades do judiciário querem ouvi-lo sobre |
Depois que vieram à tona, pelas redes sociais as gravações de um áudio sobre suposta corrupção de juízes do Tribunal de Justiça do Pará – os investigados oficialmente são Raimundo Moisés Flexa e Marcos Antonio Castelo Branco, desde ontem, e Omar Cherpinsk, a partir de hoje -, o responsável a quem é atribuída as gravações, o ex-prefeito de Santa Luzia do Pará, Adamor Aires de Oliveira, sumiu e não é encontrado por quem espera dele as explicações sobre o rumoroso caso.
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O Ver-o-Fato, desde segunda-feira, 15, tenta localizar Adamor Aires sem sucesso, para dar a ele o direito ao contraditório e à ampla defesa, regra básica do bom jornalismo. O ex-prefeito precisa se manifestar, até por meio de advogado, e confirmar ou desmentir se realmente foi ele quem fez as gravações, se elas são autênticas, quem são os personagens cujas vozes nelas aparecem, os locais onde foram obtidas, se houve edição, adição ou supressão de trechos.
E mais: como e por quê essas gravações vieram a público somente agora, supostamente cinco anos depois de terem sido feitas? Quem as vazou e por qual motivo? Foi um ex-amigo de Adamor, hoje seu inimigo político, com quem convivia e compartilhava gravações, como se propala em Santa Luzia?
Mensagem privada sobre a intenção de ouvir o ex-prefeito foi deixada pelo Ver-o-Fato na página de Adamor Aires, no Facebook, ontem, mas até agora ele não se manifestou. Corre o boato de que, temendo ser preso a qualquer momento, ele estaria preparando habeas-corpus preventivo, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), informação que o Ver-o-Fato não confirmou até agora.
Resta, portanto, ao ex-prefeito aparecer e contar tudo o que sabe, principalmente às autoridades do Ministério Público e às Corregedorias de Justiça, inclusive sobre outras supostas “gravações bombásticas” que foram prometidas por quem vazou os áudios nas redes sociais.
Todas as gravações, aliás, segundo foi contado ao Ver-o-Fato por uma fonte, estariam em uma página no Facebook chamada Santa Luzia Democrática. Essa página, contudo, não existe mais. Foi apagada. Por motivos óbvios.
Apagada, aliás, ingenuamente. Porque hoje, nas redes sociais, tudo pode ser dito. Apagado, não. Há maneiras de restaurar conversas, gravações de áudios e vídeos, fotos e diálogos, edificantes ou vergonhosos.
Há softwares de última geração que fazem isso até com facilidade.
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