Alegoria ao Terremoto de 1755, João Glama Strobërle (1708–1792) |
A “Operação Lava Jato” parece inesgotável,
a cada dia com revelações bombásticas de fatos novos. Na mente do
cidadão comum, onde quer que se vá, uma coisa é certa: é o maior
esquema de corrupção da história brasileira. Enreda nomes famosos
da classe empresarial, donos de construtoras que detém as principais
obras por todo o país, além de políticos de partidos aliados ao
poder e gente do PSDB, da oposição.
a cada dia com revelações bombásticas de fatos novos. Na mente do
cidadão comum, onde quer que se vá, uma coisa é certa: é o maior
esquema de corrupção da história brasileira. Enreda nomes famosos
da classe empresarial, donos de construtoras que detém as principais
obras por todo o país, além de políticos de partidos aliados ao
poder e gente do PSDB, da oposição.
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Gravações telefônicas interceptadas com ordem
judicial, prisões, indiciamentos, condenação. O repertório de
resultados surpreende a cada nova operação da Polícia Federal.
Quem ainda não fez delação premiada, temendo pena dura, se dispõe
a contar tudo o que sabe e apresentar documentos. A República
treme, o poder balança.
judicial, prisões, indiciamentos, condenação. O repertório de
resultados surpreende a cada nova operação da Polícia Federal.
Quem ainda não fez delação premiada, temendo pena dura, se dispõe
a contar tudo o que sabe e apresentar documentos. A República
treme, o poder balança.
O ex-presidente Lula, que por muito tempo navegou
quase incólume pelo mar de escândalos, hoje vive seu inferno
astral, desde a condução coercitiva para depor decretada pelo juiz
Sérgio Moro. Pior: suas conversas, gravadas, revelaram ao País um
outro Lula, quem sabe o verdadeiro Lula. Um homem que se coloca acima
do bem e do mal e que cobra gratidão daqueles a quem nomeou, quando
presidente, como se livrá-lo de encrencas judiciais fosse uma
obrigação do nomeado.
quase incólume pelo mar de escândalos, hoje vive seu inferno
astral, desde a condução coercitiva para depor decretada pelo juiz
Sérgio Moro. Pior: suas conversas, gravadas, revelaram ao País um
outro Lula, quem sabe o verdadeiro Lula. Um homem que se coloca acima
do bem e do mal e que cobra gratidão daqueles a quem nomeou, quando
presidente, como se livrá-lo de encrencas judiciais fosse uma
obrigação do nomeado.
A presidente Dilma, por outro lado, dedica seus dias de tormento a defender seu governo dos fantasmas que a assombram:
impeachment, cassação do mandato ou renúncia. Fala em “golpe”,
vocifera contra o juiz Sérgio Moro, mas não consegue esconder o
fato de que está isolada, sem apoio parlamentar na casa onde sua
permanência no governo será decidida: a Câmara dos Deputados.
impeachment, cassação do mandato ou renúncia. Fala em “golpe”,
vocifera contra o juiz Sérgio Moro, mas não consegue esconder o
fato de que está isolada, sem apoio parlamentar na casa onde sua
permanência no governo será decidida: a Câmara dos Deputados.
Dilma já não consegue esconder que está
esgotada e abatida. Precisa, porém, manter as aparências para não
se fragilizar ainda mais diante dos que a apoiam. Não é fácil. O
próprio PT, cuja sigla é execrada nas ruas por opositores que o
apontam como responsável pelas graves mazelas do País, também
espana a culpa de seus ombros e a joga sobre Dilma, deixando-a ainda
mais desprotegida.
esgotada e abatida. Precisa, porém, manter as aparências para não
se fragilizar ainda mais diante dos que a apoiam. Não é fácil. O
próprio PT, cuja sigla é execrada nas ruas por opositores que o
apontam como responsável pelas graves mazelas do País, também
espana a culpa de seus ombros e a joga sobre Dilma, deixando-a ainda
mais desprotegida.
Nas redes sociais, seja de governistas quanto de
opositores, predomina não o debate sadio de ideias sobre o momento
político-institucional que vivemos, mas o ranço da intolerância e
dos ataques pessoais, com pitadas de ameaças e xingamentos de toda
ordem. Não há lugar sequer para quem não defende nem um lado, nem
outro, mas se posiciona contra a lama da corrupção que afoga o
país.
opositores, predomina não o debate sadio de ideias sobre o momento
político-institucional que vivemos, mas o ranço da intolerância e
dos ataques pessoais, com pitadas de ameaças e xingamentos de toda
ordem. Não há lugar sequer para quem não defende nem um lado, nem
outro, mas se posiciona contra a lama da corrupção que afoga o
país.
O simples ato de opinar transformou-se em penosa
tarefa. Há um patrulhamento em curso que impede a livre manifestação
de pensamento. “Fascista”, “direitista”, “comunista”,
“coxinha” e “petralha” são os termos mais usados contra quem
se posiciona. Os níveis de arrogância e ódio chegam às alturas.
tarefa. Há um patrulhamento em curso que impede a livre manifestação
de pensamento. “Fascista”, “direitista”, “comunista”,
“coxinha” e “petralha” são os termos mais usados contra quem
se posiciona. Os níveis de arrogância e ódio chegam às alturas.
A única certeza de tudo que temos visto, lido e
ouvido, é que o Supremo Tribunal Federal (STF) será o grande juiz
da causa. Lá, como se sabe, serão travados os debates, as
fundamentações legais e as razões de cada ministro na exposição
de seus votos. Como ocorreu no Mensalão. No mais, é refletirmos
sobre um fato ocorrido há 261 anos, em Portugal.
ouvido, é que o Supremo Tribunal Federal (STF) será o grande juiz
da causa. Lá, como se sabe, serão travados os debates, as
fundamentações legais e as razões de cada ministro na exposição
de seus votos. Como ocorreu no Mensalão. No mais, é refletirmos
sobre um fato ocorrido há 261 anos, em Portugal.
Passado o terremoto de Lisboa, o rei Dom José
perguntou ao marquês de Alorna o que podia ser feito. Ele respondeu:
“sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos”.
Sepultar os mortos significa que não adianta ficar reclamando e
discutindo como teria sido se o terremoto não tivesse ocorrido.
perguntou ao marquês de Alorna o que podia ser feito. Ele respondeu:
“sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos”.
Sepultar os mortos significa que não adianta ficar reclamando e
discutindo como teria sido se o terremoto não tivesse ocorrido.
Cuidar dos vivos, é que depois de enterrar o
passado, temos que cuidar do que sobrou, dar foco ao presente. Fechar
os portos, é evitar o pânico entre os nossos, impedir o salve-se
quem puder, a fuga em massa.
passado, temos que cuidar do que sobrou, dar foco ao presente. Fechar
os portos, é evitar o pânico entre os nossos, impedir o salve-se
quem puder, a fuga em massa.
Significa que não podemos deixar que
ocorra um novo tremor enquanto estamos cuidando dos vivos e salvando
o que restou.
ocorra um novo tremor enquanto estamos cuidando dos vivos e salvando
o que restou.
____________________BASTIDORES_________________
* Bomba: pelos corredores e gabinetes do governo
Jatene não se fala em outra coisa: o governador pretende terceirizar
o PAS/Iasep, o serviço de atendimento à saúde dos 100 mil
servidores estaduais. Os trabalhadores que atuam no setor seriam
relotados em outros órgãos do governo.
Jatene não se fala em outra coisa: o governador pretende terceirizar
o PAS/Iasep, o serviço de atendimento à saúde dos 100 mil
servidores estaduais. Os trabalhadores que atuam no setor seriam
relotados em outros órgãos do governo.
* As dívidas, a má gestão e as reclamações
cada vez maiores dos servidores sobre a qualidade do serviço, que já
foi um dos melhores no Estado, teriam pesado na vontade de Jatene. Ou
seja, a privatização do PAS/Iasep vai dar muito o que falar.
cada vez maiores dos servidores sobre a qualidade do serviço, que já
foi um dos melhores no Estado, teriam pesado na vontade de Jatene. Ou
seja, a privatização do PAS/Iasep vai dar muito o que falar.
* A divulgação de pesquisas sobre a eleição de
prefeito, nos municípios de Parauapebas e Tucuruí, acendeu a luz
amarela nos gabinetes de Valmir Mariano e Sancler Ferreira. A pior
situação é de Valmir, que tenta a reeleição. Ele está muito
abaixo do que imagina.
prefeito, nos municípios de Parauapebas e Tucuruí, acendeu a luz
amarela nos gabinetes de Valmir Mariano e Sancler Ferreira. A pior
situação é de Valmir, que tenta a reeleição. Ele está muito
abaixo do que imagina.
* Sancler, que não pode mais concorrer, aposta
suas fichas no vereador Jairo, mas seu afilhado político está muito
distante nas pesquisas, que tem Jones William na frente, com folga.
Em Parauapebas, o favorito é o ex-petista Darci Lermen.
suas fichas no vereador Jairo, mas seu afilhado político está muito
distante nas pesquisas, que tem Jones William na frente, com folga.
Em Parauapebas, o favorito é o ex-petista Darci Lermen.
* Em Pau D’Arco, o que era segredo vazou para os
ouvidos do povão. Agora, no município, a revolta é geral contra
decisão da Câmara Municipal de ter feito uma reunião sigilosa e
aumentado o salário dos vereadores em 100%.
ouvidos do povão. Agora, no município, a revolta é geral contra
decisão da Câmara Municipal de ter feito uma reunião sigilosa e
aumentado o salário dos vereadores em 100%.
* O vereador Neto do Chicão, que não tem
papas na língua, entregou a parada durante um programa de rádio em
Redenção. Manifestações em Pau D’ Arco contra o
absurdo aumento já estão sendo organizadas.
papas na língua, entregou a parada durante um programa de rádio em
Redenção. Manifestações em Pau D’ Arco contra o
absurdo aumento já estão sendo organizadas.
* Cuidado
com as coisas que você fala ao telefone. O “Grande Irmão” pode
estar te ouvindo.
com as coisas que você fala ao telefone. O “Grande Irmão” pode
estar te ouvindo.
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