Manifestantes invadiram o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde deste domingo, 8, em um ato que pediu intervenção das Forças Armadas e a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro também se dirigiram ao Palácio do Planalto e à Praça dos Três Poderes, com o discurso de fazer uma intervenção em todos os Poderes.
Os invasores pedem a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, intervenção das Forças Armadas e a volta de Bolsonaro ao poder, mesmo sem respaldo na Constituição. No momento da invasão, manifestantes derrubaram as grades do local de acesso ao prédio do Congresso Nacional.
A polícia soltou gás de pimenta, mas mesmo assim pessoas que estavam na manifestação furaram o bloqueio de segurança. Os invasores reagiram às bombas de efeito moral usadas pelas forças policiais e conseguiram afastar as tropas. Depois de invadir o Congresso, os manifestantes se dirigiram à rampa do Palácio do Planalto.
Imagens do portal Metrópoles mostram os extremistas quebrando o vidro do Palácio, entrando pelo Salão Nobre e subindo a rampa para o terceiro andar, onde fica o gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Imagens da CNN também mostram o térreo do Planalto destruído pelos extremistas.
Do lado de fora do Congresso, os apoiadores de Bolsonaro aplaudiram a chegada da Polícia Militar. Transmissões ao vivo, em redes sociais como Instagram e Tik Tok, mostram os manifestantes chamando policiais de patriotas. Em grupos restritos, apoiadores de Bolsonaro falavam em invasão ao Congresso, ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo, segundo eles, é tirar Lula e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, do poder com uma intervenção militar.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou via assessora que está em Brasília e “acompanhando a situação, ao mesmo tempo que mantém diálogo com o Governo do Distrito Federal”. No sábado, 7, Dino autorizou o uso da Força Nacional para conter os atos e a Esplanada dos Ministérios foi fechada para veículos. Os manifestantes, porém, caminharam a pé do quartel general do Exército e foram até o Congresso Nacional, com faixas pedindo “Lula na cadeia”, “intervenção militar” e “Bolsonaro presidente”.
A convocação foi feita por grupos de apoiadores do ex-presidente. O discurso de pessoas que chamaram as manifestações nas redes sociais é esperar alguma ação das Forças Armadas contra o governo Lula, medida que contraria a Constituição, mesmo que não haja nenhum indício por parte dos militares de que isso vá ocorrer.
O governo prometeu endurecer a ação contra extremistas. O ministro da Justiça, Flávio Dino, autorizou o uso da Força Nacional para o local das manifestações, na capital federal. O ministro da Defesa, José Múcio, também assumiu a atuação e inspecionou pessoalmente os lugares onde estão os apoiadores de Bolsonaro. A inteligência do governo identificou ainda no sábado, 7, a chegada de mais de 100 ônibus para os atos, o que acendeu o alerta da área de segurança.
Faixas com as inscrições “Lula na cadeia”, “intervenção militar”, “supremo é o povo” e “Bolsonaro presidente” foram erguidas no meio da manifestação. A convocação foi feita por grupos de apoiadores do ex-presidente. O discurso é ir em frente ao Congresso Nacional para esperar alguma ação das Forças Armadas contra o governo Lula, medida que contraria a Constituição, mesmo que não haja nenhum indício por parte dos militares de que isso vá ocorrer.
Mais cedo, o ministro da Justiça afirmou esperar que a polícia não precise atuar e destacou que a “tomada de poder” só poderá ocorrer em 2026, com uma nova eleição presidencial. Houve apelo nos grupos de apoiadores de Bolsonaro para que as pessoas não se intimidem e mantenham a manifestação, que não tem hora nem data para terminar.
Antes da invasão, o ministro da Justiça tinha afirmado que esperava que a polícia não precise atuar e destacou que a “tomada de poder” só poderá ocorrer em 2026, com uma nova eleição presidencial. Houve apelo nos grupos de apoiadores de Bolsonaro para que as pessoas não se intimidassem e mantivessem a manifestação, que não tem hora nem data para terminar.
O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que conversou por telefone com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, após a invasão do Congresso e repudiou o ato. “O governador me informou que está concentrando os esforços de todo o aparato policial no sentido de controlar a situação”, escreveu Pacheco em nota. “Na ação, estão empenhadas as forças de segurança do Distrito Federal, além da Polícia Legislativa do Congresso. Repudio veementemente esses atos antidemocráticos, que devem sofrer o rigor da lei com urgência.” (AE)
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