A manhã de domingo (23) que começou com silêncio e tranquilidade na pacata Curuçá, no nordeste do Pará, transformou-se em cena de horror e mistério. Anselmo de Lima Raiol Filho, 52 anos, sargento da reserva da Polícia Militar do Pará, foi encontrado morto dentro de sua própria casa, vítima de múltiplos golpes de faca.O principal suspeito, Maurício Gabriel, conhecido da vítima, está foragido e, segundo as autoridades, pode estar escondido em uma região de manguezais e mata fechada próxima à cidade.
O crime chocou a comunidade, que se uniu às forças policiais em uma busca intensiva pelo suspeito. Mais de 50 pessoas, incluindo policiais civis, militares, guardas municipais e moradores, estão empenhadas na operação para capturar Maurício, que desapareceu após o crime. A motivação do assassinato ainda é desconhecida, mas as investigações apontam para uma possível discussão durante uma noite de bebidas entre o suspeito e a vítima.
De acordo com relatos da família de Anselmo, na manhã do crime, por volta das 8h, a irmã e a mãe do sargento chegaram à casa dele e se depararam com Maurício saindo do imóvel com as mãos ensanguentadas. Questionado sobre o paradeiro de Anselmo, o suspeito teria dito que ele havia saído para comprar pão. Em seguida, Maurício pulou pela janela e fugiu, deixando para trás um rastro de sangue e perguntas sem respostas.
Ao entrarem no quarto, as familiares encontraram Anselmo caído no chão, coberto de sangue e sem vida. Segundo a Polícia Militar, não houve tempo para socorrê-lo. O sargento, que dedicou anos de sua vida ao serviço público, não resistiu aos ferimentos. A cena do crime foi preservada para perícia, e os investigadores trabalham para reconstruir os eventos que levaram ao trágico desfecho.
Escondido no manguezal?
A fuga de Maurício Gabriel ganhou contornos dramáticos. Testemunhas afirmam tê-lo visto correndo em direção a uma área de manguezais e mata densa, região de difícil acesso e conhecida por abrigar animais selvagens e terrenos pantanosos.
A busca pelo suspeito se tornou uma operação complexa, com equipes utilizando barcos e drones para cobrir a vasta área. A população local, que conhece bem o terreno, tem sido fundamental no apoio às autoridades.
A falta de uma motivação clara para o crime alimenta especulações e revolta entre os moradores. Enquanto a polícia não encontra Maurício, a tensão na cidade permanece alta.
As autoridades pedem que qualquer informação sobre o paradeiro do suspeito seja repassada imediatamente. Enquanto isso, a busca continua, e família da vítima aguarda respostas que possam trazer algum alívio em meio à dor e ao luto.