Em um trágico reflexo da crescente banalização da vida humana, uma professora de 34 anos foi fatalmente baleada durante uma tentativa de assalto em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, ontem, 24. A vítima, identificada como Layla Marinho Paixão de Moraes, foi atingida nas costas e no abdômen. Apesar de ter sido socorrida, Layla não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital.
Renata Coelho, diretora-geral do Ciep Simone de Beauvoir, onde Layla trabalhava, expressou profundo pesar pela perda: “Ela era muito inteligente e estudiosa. Uma perda para a Educação de Belford Roxo”. Na mesma quarta-feira, a unidade prestou homenagem à educadora: “A equipe te ama e te admira. CIEP em Luto!”, declarou o grupo.
O corpo de Layla, que completaria 35 anos no próximo mês, ainda não foi liberado para o velório e sepultamento no cemitério Memorial do Rio. Deixa o marido e um filho de dez anos. Formada em pedagogia, Layla atuava como supervisora no Ciep Municipalizado Simone de Beauvoir há aproximadamente dois anos e meio.
A Polícia Civil investiga o crime e a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) está apurando a autoria do homicídio.
Vida interrompida e impunidade
Layla era uma profissional que contribuía significativamente para a educação de Belford Roxo, formando jovens e investindo na construção de um futuro melhor. Sua morte não é apenas uma tragédia pessoal para sua família e colegas, mas também um golpe para toda a comunidade educacional e para os alunos que dependiam de sua orientação e cuidado.
O impacto dessa violência indiscriminada é profundo e duradouro. A perda de uma vida dedicada à educação e ao serviço público ressalta a fragilidade da segurança e a vulnerabilidade dos cidadãos frente à criminalidade. Cada vítima dessa violência representa um membro insubstituível da sociedade, cujas contribuições e potencial são cruelmente roubados.
Essa tragédia enfatiza a urgência de medidas eficazes para combater a criminalidade e proteger os cidadãos. A impunidade e a falta de controle sobre a violência urbana alimentam um ciclo vicioso que continua a ceifar vidas inocentes, banalizando cada vez mais a vida humana.