A missão, que era para ter durado oito dias, completou 50 na última quinta-feira (25)
Os astronautas Barry “Butch” Wilmore e Suni Williams, ambos ex-pilotos de teste da Marinha dos Estados Unidos e atuais funcionários da NASA, enfrentam uma situação crítica a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS). Presos no espaço desde 12 de junho, os dois astronautas deveriam ter retornado à Terra há mais de um mês, mas agora dependem da extensão da vida útil das baterias da nave Starliner para sobreviver até setembro.
A missão, que originalmente deveria durar oito dias, já se estendeu por 50 dias, sem uma data de retorno definida. A NASA e a Boeing, responsável pela nave Starliner, trabalham incessantemente para resolver os problemas técnicos que impediram o retorno seguro dos astronautas.
A principal preocupação é com as baterias da Starliner, que foram inicialmente aprovadas para 45 dias, mas tiveram sua vida útil estendida para 90 dias. Isso significa que Wilmore e Williams têm uma janela de sobrevivência até o início de setembro. A NASA informou que concluiu testes em solo de um sistema de controle de reação (RCS) para entender melhor os problemas durante o acoplamento da Starliner com a ISS.
“Estamos fazendo um grande progresso, mas ainda não estamos completamente prontos para fazer o retorno”, disse Steve Stich, gerente do programa comercial tripulado da NASA. A agência planeja realizar novos testes em 27 dos 28 propulsores RCS da espaçonave, com foco nas taxas de vazamento de hélio, um problema identificado nas últimas verificações.
Esperança e confiança
Apesar dos desafios, a NASA permanece otimista devido à extensão das baterias da Starliner. “Isso nos dá tempo, se precisarmos, até aproximadamente o início de setembro. Vamos trabalhar para realizar uma revisão pela agência assim que estivermos prontos para isso. Isso poderia ser tão cedo quanto no final da próxima semana”, explicou Stich.
Butch Wilmore e Suni Williams têm mantido a confiança em um retorno seguro. “Nós confiamos que os testes que estamos realizando são aqueles que precisamos fazer para obter as respostas corretas e nos fornecer os dados necessários para voltar para a Terra”, afirmou Wilmore. Williams, por sua vez, expressou um sentimento positivo: “Eu tenho um pressentimento muito bom no coração de que a espaçonave nos trará de volta para casa sem problemas”.
Caminho para a segurança
Enquanto aguardam os resultados dos testes e a confirmação de um plano de retorno seguro, Wilmore e Williams continuam suas atividades a bordo da ISS, demonstrando resiliência e confiança. A comunidade espacial internacional acompanha de perto a situação, torcendo para que os dois astronautas retornem em segurança à Terra.
A NASA e a Boeing estão empenhadas em garantir que todos os procedimentos e verificações sejam realizados meticulosamente, visando a segurança dos astronautas e a integridade da missão. A saga de Wilmore e Williams é um lembrete da complexidade e dos riscos inerentes às viagens espaciais, destacando a importância da preparação, da inovação e da colaboração internacional para enfrentar os desafios do espaço.
O destino de Butch Wilmore e Suni Williams permanece incerto, mas a determinação e o trabalho árduo das equipes em solo oferecem uma esperança palpável de que, em breve, eles estarão de volta à Terra, prontos para contar sua história de coragem e perseverança.
O que pode ser feito para salvá-los
Dada a situação crítica dos astronautas Barry “Butch” Wilmore e Suni Williams, existem várias alternativas que a NASA e seus parceiros podem considerar para garantir um retorno seguro à Terra. Aqui estão algumas das principais opções:
Reparação dos sistemas da Starliner:
Continuação dos testes e reparo: A NASA e a Boeing estão conduzindo testes exaustivos nos sistemas de controle de reação (RCS) e nos propulsores da Starliner. Se conseguirem identificar e resolver os problemas, a nave pode ser utilizada para trazer os astronautas de volta à Terra.
Revisão dos propulsores: Novos testes nos 27 propulsores RCS restantes da Starliner serão cruciais para garantir que eles funcionem corretamente. Corrigir os vazamentos de hélio é essencial para a segurança do retorno.
Missão de resgate com outra nave espacial:
Utilização de outra Starliner: Se houver uma outra nave Starliner pronta ou que possa ser preparada rapidamente, ela pode ser enviada para resgatar os astronautas.
Uso de uma nave Dragon da SpaceX: A NASA pode considerar enviar uma nave Dragon da SpaceX, que já é utilizada regularmente para missões tripuladas à ISS. A Dragon poderia acoplar-se à ISS e trazer os astronautas de volta à Terra.
Prolongamento da missão na ISS:
Extensão da vida útil da Starliner: A extensão da vida útil das baterias da Starliner para 90 dias proporciona uma margem de segurança até setembro. Isso permite mais tempo para a resolução dos problemas e a preparação de uma missão de resgate ou reparo.
Suporte logístico e psicológico: A NASA pode garantir que os astronautas recebam todo o suporte necessário durante esse período, incluindo suprimentos adicionais, se necessário, e apoio psicológico para lidar com a situação.
Alternativas emergenciais:
Uso de naves de carga para suprimentos: Em casos extremos, naves de carga, como a Cygnus ou a Progress, podem ser enviadas com suprimentos adicionais, garantindo que os astronautas tenham os recursos necessários para estender sua permanência na ISS até que uma solução seja encontrada.
Transferência para outra nave tripulada: Se houver outra missão tripulada planejada para a ISS em breve, os astronautas poderiam ser transferidos para essa nave para retornar à Terra.
O que pode ser feito imediatamente:
Testes e diagnósticos rápidos: A prioridade é completar todos os testes e diagnósticos nos sistemas da Starliner o mais rápido possível para identificar e corrigir os problemas.
Preparação de alternativas: Simultaneamente, a NASA e a Boeing devem preparar as alternativas de resgate, como a utilização de uma nave Dragon da SpaceX ou a preparação de outra Starliner, para garantir que haja um plano B em caso de falha do plano principal.
Coordenação internacional: A colaboração com parceiros internacionais, como a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Russa (Roscosmos), pode proporcionar apoio adicional e recursos para uma missão de resgate.
A situação é complexa e cheia de desafios, mas com a experiência e os recursos da NASA e de seus parceiros, existem várias opções viáveis para garantir a segurança dos astronautas Barry Wilmore e Suni Williams. A prioridade absoluta é a segurança dos tripulantes, e todas as medidas possíveis estão sendo tomadas para trazê-los de volta à Terra em segurança.