Um crime de feminicídio seguido de suicídio abalou Boa Vista, capital do estado de Roraima, neste último fim de semana, quando o policial civil Francinelson Cardoso Froz, de 46 anos, tirou a vida da ex-mulher, a professora de matemática Miriam Dias, de 37 anos, antes de cometer suicídio em um condomínio no bairro Caranã, zona Oeste da cidade.
A Polícia Militar foi acionada após uma denúncia de disparo de arma de fogo. Ao chegar no local, os agentes encontraram Francinelson no chão do apartamento, ao lado de uma pistola. Miriam estava no quarto, ferida por um tiro no peito e no braço direito. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, mas o médico socorrista constatou a morte do casal.
A perícia, a Delegacia Geral de Homicídios e o Instituto de Medicina Legal (IML) foram acionados para realizar os procedimentos necessários. Os corpos foram removidos para a realização de exames periciais.
A Secretaria de Educação de Roraima (Seed) emitiu uma nota oficial lamentando a morte de Miriam. A professora lecionava no Colégio Estadual Militarizado Fernando Grangeiro, no bairro Caranã. A nota destacou a solidariedade de todos os servidores da Educação com os familiares, amigos e comunidade escolar.
A Polícia Civil também se manifestou por meio de nota, expressando “seu mais profundo pesar pela trágica ocorrência envolvendo o policial civil”. A instituição reconheceu o impacto devastador para as famílias e descreveu o comportamento de Francinelson como “inesperado”. O policial era descrito como dedicado e participativo em suas funções como agente.
O caso foi registrado na Central de Flagrantes e será investigado pela Polícia Civil, que buscará esclarecer os motivos que levaram a essa trágica situação.
A conscientização sobre a saúde mental dos agentes de segurança se torna, mais do que nunca, uma necessidade premente. A busca por soluções e estratégias eficazes para mitigar esses impactos é urgente, visando não apenas a segurança da população, mas também a preservação da integridade mental daqueles que dedicam suas vidas ao serviço público. (Do Ver-o-Fato, com informações de G1 Roraima)