O Banco da Amazônia (Basa) anunciou na semana passada que destinará R$ 11 bilhões para a agricultura e pecuária na região Norte. Os recursos são oriundos do Plano Safra 2024/2025. A cerimônia de lançamento ocorreu na sede da instituição financeira, em Belém, na quinta-feira (25) e contou com a presença do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
O valor do Plano Safra 2024/2025 é 11% superior ao da última safra (2023/2024), quando o Basa destinou R$ 9,9 bilhões ao agronegócio regional. O ministro Carlos Fávaro destacou este como o maior Plano Safra da história. “São 32% a mais de recursos públicos, comparado ao último Plano Safra do governo passado. Um plano que é 40% maior que o último Plano Safra (de 2022/2023). E se levarmos em consideração ainda que os preços de fertilizantes e os custos de produção, em uma média ponderada, caíram 23% nesses últimos dois anos, estamos falando então de um plano safra que vai ser 63% mais efetivo. Porque está custando 23% menos para comprar os insumos e tem 40% mais de recursos disponíveis, com juros, apoio e assistência técnica ao produtor”, disse o ministro.
Entre o Plano Safra da agricultura empresarial e as Letras do Crédito Agropecuário (LCAs), que também têm incentivo do governo com isenção de imposto de renda e direcionamento obrigatório para agropecuária de R$ 108 bilhões, são mais de R$ 586 bilhões de Plano Safra.
“Para a Amazônia, o Plano Safra significa oportunidade de produção sustentável. Nós temos que compreender que o maior ativo brasileiro na agropecuária é o clima. Além de outros grandes ativos como homens e mulheres vocacionados a lidar com a terra, máquinas e equipamentos de última geração, tecnologia, semente e assistência técnica. Tudo isso são grandes ativos para produzir muito. Mas não adianta nada se não tivermos regularidade, chuva na hora certa, sol na hora certa, e a Amazônia representa esse grande ativo”, ponderou o ministro Fávaro.
O presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, considera que o Plano Safra está alinhado à missão da instituição financeira de contribuir para o desenvolvimento da região. “Temos o prazer de anunciar R$ 11 bilhões para o Plano Safra 2024/2025. Esse plano está alinhado à nossa missão de desenvolvimento da região, de levar o crédito juntamente com assistência técnica para o pequeno, levar crédito de qualidade competitivo para o grande e também investimentos para novas tecnologias para essa região”, disse.
Lessa afirmou que o banco está sempre preocupado com a sustentabilidade, “mas a sustentabilidade não é só a sustentabilidade da árvore, é a sustentabilidade do negócio e a sustentabilidade da renda das pessoas que aqui estão. Esses são nossos maiores focos”, destacou.
Dos R$ 11 bilhões que serão destinados à movimentação da economia da Amazônia, R$ 1,3 bilhões serão destinados à agricultura familiar. Outros R$ 5,4 bilhões irão para pequenos e médios produtores, e R$ 4,3 bilhões serão destinados à agricultura empresarial.
No plano atual, a taxa de custeio para agricultura familiar será a partir de 1,5% ao ano e as taxas de investimento a partir de 0,5% ao ano. Para a agricultura empresarial, a taxa de custeio começa em 6,75% ao ano, enquanto a taxa de investimento, em 6,48% ao ano.
“Quando falamos de agricultura familiar, estamos em linha. Estamos falando de taxas de custeio a partir de 1,25% e de investimento de 0,5%, e considerando que na agricultura familiar ainda tem aquele bônus de que se pagar em dia, tem um desconto. Então é muito convidativo. Agora, não adianta também só dar o dinheiro, temos que dar assistência técnica de qualidade para ajudar as pessoas a desenvolverem sua técnica produtiva para que realmente elas transformem os sonhos em realidade, e essa realidade é renda”, explicou Lessa.
Na ocasião, o diretor comercial do Banco da Amazônia, Marivaldo Melo, detalhou os números crescentes e positivos da instituição com o último Plano Safra e destacou que a instituição trabalha sempre pautada na sustentabilidade.
“Nos últimos cinco anos, aplicamos nos planos safra R$ 40 bilhões, que é um número muito expressivo. E com muita sustentabilidade também. Nós não financiamos nenhum produtor que não esteja de acordo com as leis ambientais e o Código Florestal. Nós somos o primeiro banco a fazer análise socioambiental de forma automatizada a partir de uma parceria com uma startup que é aqui do Estado do Pará, chamada Terras”, disse Melo.
As linhas de crédito verdes, com taxa de juros especial a partir de 6,04% ao ano, foram desenvolvidas para apoiar empreendimentos com práticas mais sustentáveis e projetos de conservação e proteção ao meio ambiente, recuperação de áreas degradadas, geração de energia por fontes renováveis e desenvolvimento de atividades no âmbito da Agricultura de Baixo Carbono, entre outros.