Em uma operação conjunta, a Marinha e a Polícia Federal prenderam seis pessoas em alto mar por suspeita de contrabando de cigarros. A embarcação, proveniente do Suriname, foi flagrada com 2 milhões de maços de cigarros falsificados, o equivalente a cerca de 4 mil caixas.
A carga chegou ao porto de Belém na manhã desta quinta-feira (18), e os suspeitos foram encaminhados à Superintendência da Polícia Federal. Segundo informações da Polícia Federal, a embarcação foi identificada através de uma investigação detalhada e abordada a aproximadamente 400 quilômetros ao norte do Amapá.
“A partir de investigação da Polícia Federal, foi possível identificar a embarcação e fazer a abordagem, em alto mar”, declarou a PF em nota oficial. Os cigarros apreendidos não possuem o selo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sendo considerados ilegais no Brasil.
O barco, registrado em Belém, saiu do Suriname e tinha como destino final a Bahia. Nenhum dos tripulantes era habilitado, e a PF ainda não confirmou a nacionalidade dos detidos. Um navio da Marinha escoltou a embarcação apreendida até o porto de Belém, onde os tripulantes e a carga foram desembarcados.
Se comprovado o crime de contrabando, os suspeitos podem enfrentar penas que variam de dois a cinco anos de prisão. “A pena aplica-se em dobro se o crime é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial”, informou a Polícia Federal.
Operações Constantes
A rota Suriname-Pará é amplamente conhecida pela Polícia Federal e pela Marinha do Brasil como um dos principais corredores de contrabando de cigarros, drogas e armas. A operação de ontem evidencia a necessidade de ações constantes e coordenadas para combater eficazmente as atividades criminosas que utilizam essa rota.
Operações esporádicas, embora importantes, não são suficientes para desmantelar redes criminosas bem estabelecidas que exploram as vulnerabilidades nas fronteiras marítimas do país. É urgente que as autoridades mantenham uma presença constante e intensifiquem as investigações e patrulhas para prevenir o contrabando.
A cooperação entre as diferentes forças de segurança, como a Marinha e a Polícia Federal, deve ser contínua e aprimorada para assegurar que criminosos não se sintam encorajados a explorar essa rota. A vigilância constante é essencial não apenas para interceptar cargas ilegais, mas também para enviar uma mensagem clara de que o Brasil está comprometido em proteger suas fronteiras e garantir a legalidade do comércio.
Com operações regulares e bem coordenadas, é possível enfraquecer significativamente as redes de contrabando, reduzir o fluxo de produtos ilegais e aumentar a segurança e a saúde pública. O combate ao contrabando não pode ser tratado de forma isolada; deve ser uma prioridade constante nas agendas de segurança e fiscalização do país