Uma mulher de 33 anos foi presa nesta quinta-feira (12) em Igarapé-Miri, nordeste do Pará, acusada de agredir o enteado, de 19 anos, jogando água quente sobre ele. O jovem, que é portador de transtornos mentais, sofreu queimaduras graves no rosto, pescoço, tórax e em um dos braços, conforme informações divulgadas pelas autoridades e pelo Hospital Sant’ana, onde ele está internado.
O caso gerou forte comoção na cidade. Vídeos que circularam nas redes sociais, e não serão exibidos para preservar a identidade da vítima, mostram a extensão dos ferimentos sofridos pelo jovem. Segundo testemunhas, a violência teria ocorrido dentro da residência familiar.
De acordo com a Polícia Civil, a madrasta negou as acusações, mas será indiciada pelos crimes de lesão corporal e violência doméstica. Além disso, investigações apontam indícios de maus-tratos e possível omissão do pai do jovem. Ele chegou a ser levado à delegacia, onde assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado.
O delegado responsável pelo caso, Yuri Doudement de Castro, afirmou que novas testemunhas serão ouvidas nos próximos dias para determinar com precisão as circunstâncias do crime e as motivações da agressão.
Apoio à vítima
Em nota, a Prefeitura Municipal de Igarapé-Miri informou que o jovem foi atendido na Urgência e Emergência do Hospital Sant’ana e segue internado em estado estável. Ele está recebendo acompanhamento médico e será encaminhado para avaliação em um serviço especializado de saúde mental.
Apesar de ser maior de idade, o Conselho Tutelar está monitorando o caso devido à vulnerabilidade da vítima. A Secretaria de Assistência Social da cidade também está prestando apoio ao jovem e à família, visando minimizar os danos causados pela agressão.
O episódio revoltou moradores de Igarapé-Miri, que exigem justiça para o jovem. Casos de violência doméstica, especialmente envolvendo pessoas em situação de vulnerabilidade, têm sido cada vez mais denunciados na região.
O caso segue sendo investigado, e a mulher permanece à disposição da Justiça enquanto as apurações continuam.