Ao longo da nossa vida, procuramos realizar solenidades marcantes para sinalizar a passagem do tempo. São cerimônias pessoais ou coletivas. O réveillon, ou Ano Novo, é uma das cerimônias coletivas. A mais famosa delas é o réveillon de Copacabana, que reuniu, nessa virada de ano, 2,5 milhões de pessoas.
De um modo geral, a passagem de ano é uma festa. As pessoas gostam de se vestir de branco, ou de se arrumar o melhor possível, bebem e comem muito. Dançam, soltam-se. Fazem promessas. Gostam de pensar que o novo ano será diferente, promissor, cheio de perspectivas, de mudanças para melhor. Que terão sorte, especialmente no amor e na bolsa, e que a Providência lhes proverá.
Dia 1 de janeiro, muitos amanhecem de ressaca e até doentes. E a vida continua.
Tempo é movimento. E também é psicológico. Melhor dizendo, não existe. Por exemplo: o movimento aparente do Sol em torno da Terra produz dia e noite, e a inclinação da Terra produz as estações do ano, que, por sua vez, é dividido em meses; estes, em semanas; estas, em dias; dias, em horas; horas, em minutos; minutos, em segundos; segundo, em milésimos de segundo, e assim por diante.
Os anos, por sua vez, somam-se em décadas; décadas, em séculos; séculos, em milênios, assim por diante.
O movimento aparente do Sol, produzido, na verdade, pelo movimento de rotação da Terra, é o tempo mais conhecido. Dessa forma, tempo é movimento.
Em termos psicológicos, o tempo é medido pela sensação. Uma mulher que se arruma para um jantar romântico não sente o tempo passar, mas para seu namorado, que a espera sentado na sala, é uma eternidade.
Em termos físicos, o cientista teórico Albert Einstein afirma que quanto mais veloz uma pessoa se move mais lentamente passa o tempo. Suponhamos que um astronauta de 30 anos vá ao sistema da Proxima Centauri na velocidade da luz e retorne à Terra. Ida e volta dão 8,8 anos-luz. Na Terra, terão passado 40 anos. O astronauta retornará com 38 anos e 8 meses; assim, as pessoas que ficaram na Terra estarão com 40 anos a mais. Para se chegar a essa conclusão o cálculo matemático é bastante extenso.
Dessa forma, o tempo não é algo tangível. É uma ilusão. Não existe. Contudo, a Humanidade vive, desde sempre, uma ilusão. A vida é mais imaginação do que realidade. O telefone celular é uma comprovação disso. Esse aparelhinho se tornou um apêndice do cérebro, agasalhado na mão esquerda, geralmente. Há quem não o largue nem fornicando. Acredito até que há quem goze por meio do celular.
Conheço pessoas que odeiam quem vive pendurado ao telefone celular. Eu nem ligo. Cada qual vive seu tempo.
Como dizia, a vida atual é mais virtual do que outra coisa. Hollywood é uma prova disso. Para muita gente, Jesus Cristo – se é que o Jesus histórico existiu mesmo e não é mais uma mentira da Igreja – era americano com ascendência anglo-saxônica; na Idade Média havia salão de beleza e agência de saúde; e deita-se na cama e pisa-se no sofá de sapatos.
Quentin Tarantino levou a criatividade ao cume: ressuscitou Sharon Tate e matou Hitler em um incêndio dentro de um cinema em Paris.
E há, também, a questão da mentira, um tipo de ilusão. A imprensa-carniça brasileira é especialista nisso. Pinta Lula da Silva como se fosse o maior estadista que o Brasil já teve. Falar nisso, o Brasil já teve estadista? A propósito, o cinema brasileiro, salvo raríssimas exceções, é tão ruim quanto a música popular brasileira da atualidade. Os artistas, de modo geral, deformam a História do Brasil e transformam o país em uma caricatura.
Neste mar de ilusões há dois tipos de água: fantasia e sonho. A fantasia é o que os comunistas vendem: mentiras que enganam e escravizam. Quanto ao sonho, às vezes se concretizam. Assim, se não assassinarem Donald Trump ele tomará posse segunda-feira 20, na Presidência dos Estados Unidos da América.
Diz a imprensa do YouTube, que é séria, que Trump tem um dossiê com tudo o que vem acontecendo no Brasil desde que enfiaram um terçado na barriga de Jair Messias Bolsonaro até o cabo.
Trump empossará como seu braço direito o gênio da tecnologia e homem mais rico do mundo, Elon Musk, que sabe tudo o que acontece no planeta e que é capaz de tomar conhecimento dos mais recôndidos segredos dos ditadores, principalmente dos mais cabeludos.
Aqui na república de bananas a mordaça come solta, ou melhor, impede de abrirmos a boca, mas ainda não chegamos ao estágio de nem conseguirmos sonhar, como na Coreia do Norte e China. Os venezuelanos ainda sonham, pois 10 de janeiro está perto. 2025 vai render. Para muita gente será aquilo que a Anita “cantou” via TV Globo, em Copacabana.