Por Val-André Mutran – jornalista
Brasília – Anossa geração foi surpreendida e está sendo testada se terá competência para superar os efeitos de uma pandemia com o alcance que estamos experimentando agora.
Países ricos, pobres, não importa, o baque é global.
A crise está estabelecida. No Brasil e em Madagascar.
Fomos atirados num estalar de dedos [de Deus?] num mundo de incertezas.
Em um ano de crise profunda, anunciam que chegou a vacina contra o mal invisível. Mas, quem as desenvolveu não garante a volta como era antes, porque isso é impossível.
Autoridades reguladoras afirmam que a vacina é segura.
A civilização humana evolui sob trancos surpreendentes.
Será essa a prova da existência de algo superior?
É um sinal da nossa própria origem sob a força e desígnios de algo igualmente superior [Deus] e também invisível?
A vacina nos protege realmente do que fazíamos e decerto continuaremos a fazer com esse Mundo?
— Sobreviveremos?
— Difícil saber.
Temos agora a oportunidade de nos reinventar?
Particularmente, não gostaria de viver no mundo de antes da pandemia por uma simples razão: era o pior dos Mundos, uma vez que pressuponho que seja possível viver em outros mundos: o bíblico [restrito a minha crença de fé] ou em Marte, onde a coisa não é tão fácil assim.
Se a gente se safar dessa encrenca global voltaremos ao mundo de antes?
— Você, que está lendo esse artigo, acha que voltar ao passado é a melhor diretiva? Sabendo, claro, que voltar ao passado é impossível.
E já que a conversa ficou pessoal, que tal você pensar no que fez, como ser humano para ajudar o outro ser humano que precisa de ajuda nesses dias de tanto sofrimento?
Uma coisa a pandemia deixou clara como a luz: quem faz, diz que vai fazer e nunca faz.
Por exemplo, e para ficar mais didático. Todos, sem exceção, políticos do Brasil, o país mais molestado por esse teste civilizatório ou divino, como queiram, não doaram um centavo de seus rendimentos aos mais pobres.
A maioria deles nem vem trabalhar presencialmente, porque afinal não precisa. A tecnologia provou que eles podem trabalhar com menos custos para o contribuinte.
Todos, sem exceção, os ministros das cortes superiores, os juízes do Brasil, não doaram um centavo de seus rendimentos aos mais pobres.
Todos os procuradores, ministros e o próprio presidente da república não doaram um centavo sequer dos altos salários que recebem.
Todos os deputados federais e estaduais, governadores, prefeitos e vereadores do Brasil, não doaram um centavo sequer do seu salário aos eleitores pobres e que estão passando fome agora, humilhados com a esmola anunciada de R$ 150,00 em quatro parcelas.
Muitos, milhares de empresários doam, diariamente o que têm e o que não têm para sustentar todos os elencados acima. Alguém de vocês ainda acha que esse país tem jeito? (Transcrito originalmente do Blog do Zé Dudu.)
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