Marielza Rodrigues Ferreira foi condenada nesta segunda-feira (25) a 23 anos de prisão em regime fechado e mais um ano de detenção com medidas cautelares pelo assassinato de uma mulher grávida em situação de rua e a retirada do bebê do útero da vítima. O crime, que chocou o Pará, ocorreu em 2021, na cidade de Marituba, Região Metropolitana de Belém.
O julgamento foi realizado por júri popular na capital paraense e teve duração de seis horas. Quatro testemunhas foram ouvidas: dois vizinhos da ré, o delegado responsável pelo caso e o médico que atendeu Marielza no hospital após o crime.
O crime
De acordo com as investigações, Marielza matou a vítima, que estava grávida, e retirou o bebê de forma violenta. Em seguida, ela tentou se passar pela mãe da criança, levando-a ao hospital. O recém-nascido sobreviveu ao crime e recebeu cuidados médicos.
Relembre o caso noticiado pelo ver-o-fato em:
MARITUBA – mulher mata grávida, tira o bebê e se passa por mãe. Vídeo da prisão
O julgamento
Durante o depoimento, o médico que atendeu Marielza revelou que ela chegou ao hospital afirmando não saber que estava grávida e relatando um “parto repentino” ocorrido em casa. “Ela se recusou a ser examinada, o que levantou suspeitas imediatamente”, disse o profissional de saúde.
Marielza alegou em sua defesa que a vítima teria ido até sua casa pedir ajuda, mas que uma briga teria começado entre as duas. Ela afirmou que agiu em legítima defesa e que retirou o bebê para salvá-lo, já que a mãe estava morta.
A Justiça, no entanto, rejeitou as alegações da ré. O júri considerou as evidências apresentadas, incluindo os depoimentos das testemunhas, para condená-la pelos crimes de homicídio e subtração de incapaz.
Repercussão e sentença
Na época do crime, Marielza foi presa em flagrante, mas aguardava o julgamento em prisão domiciliar. Agora, cumprirá a pena em regime fechado, conforme a decisão judicial.
O caso gerou comoção em Marituba e em todo o estado do Pará, dada a brutalidade do crime e o fato de a vítima ser uma mulher vulnerável em situação de rua. O bebê, que sobreviveu, está sob cuidados de familiares da vítima, segundo informações das autoridades.
O julgamento encerrou com a sentença de Marielza, que não demonstrou arrependimento durante o processo, segundo observações dos promotores. A defesa da ré informou que avalia a possibilidade de recurso.
Do Ver-o-Fato, com informações do G1Pará