Um incidente chocante durante uma reunião de autoajuda na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, trouxe à tona sérias questões sobre a conduta e o papel dos profissionais de psicologia. Uma mulher, que preferiu não se identificar, acusou, no final de semana, o psicólogo Gilmar Argileu de agressão física, após uma discussão acalorada envolvendo a presença de sua cadela de apoio emocional, uma buldogue francesa.
O conflito começou quando o psicólogo teria manifestado descontentamento com a presença do animal, que é essencial para o bem-estar emocional da mulher, segundo ela. “Eu perdi todo mundo da minha família, não tenho mais ninguém e ela permanece comigo, ela é minha família”, desabafou a vítima, destacando a importância do animal para sua saúde mental.
A tensão escalou quando Gilmar, contrário à decisão do grupo que permite a presença de cães de apoio emocional nas reuniões, ameaçou a segurança do animal. “Ele disse: ‘traz ela porque vou trazer chumbinho e vou matar sua cachorra, na frente de todo mundo’”, relatou a mulher.
Um vídeo capturado por membros do grupo mostra vestígios de veneno espalhados sob as cadeiras, o que precipitou a discussão que resultou na agressão física, na qual o psicólogo teria usado uma garrafa de metal para atingir a mulher.
O incidente foi registrado na 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca) como lesão corporal, e a vítima realizou um exame de corpo de delito. A equipe de jornalismo do RJ1 tentou contato com Gilmar Argileu, mas não obteve resposta. Além disso, foi descoberto que o registro do psicólogo no Cadastro Nacional de Profissionais de Psicologia foi cancelado, indicando possíveis violações anteriores à ética profissional.
Neste domingo, membros do grupo de autoajuda votaram pela exclusão de Gilmar Argileu dos encontros por um período de um ano, como medida disciplinar diante dos acontecimentos.
Este caso levanta importantes reflexões sobre a responsabilidade ética dos profissionais de psicologia, especialmente em ambientes dedicados ao suporte emocional e à recuperação de indivíduos vulneráveis.
A comunidade profissional e o público em geral são agora confrontados com a necessidade de reavaliar e reforçar os mecanismos de controle e as diretrizes éticas que regem a atuação nessa área tão sensível da saúde mental.