Morreu aos 87 anos, na noite de sábado, 22, o músico e poeta Luiz Galvão, que foi um dos fundadores do grupo Novos Baianos. Músico estava internado na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo desde 16 de setembro, com quadro de hemorragia gastrointestinal. No entanto, o quadro complicou e ele foi transferido para o Instituto do Coração. A causa da morte e detalhes do enterro inda não foram informados.
Nascido em 22 de julho de 1937 em Juazeiro, na Bahia, Luiz Galvão foi um dos fundadores do grupo Novos Baiano, em 1968. Poeta, letrista e escritor, Galvão criou o grupo que contava com Moraes Moreira, Paulinho Boca de Cantor, Baby Consuelo (agora Baby do Brasil) e Pepeu Gomes.
Despedida
Nas redes sociais, amigos e colegas se despediram e homenagearam Luiz Galvão:
Baby do Brasil: “Já imortalizado na arte por suas letras maravilhosas, sua identidade poética, seu estilo inconfundível, @poetagalvao, não apenas escreveu letras maravilhosas, mas escreveu uma das mais importantes páginas da nossa música brasileira: com o disco “Acabou Chorare”.”
Paulino Boca de Cantor:“Triste com a partida de Galvão. Vá na paz Poeta, irmão querido. Conheci Galvão junto com Moraes na casa de Tuzé de Abreu, em 1968. Uma dupla de compositores, mostrando suas músicas e aspirando que fossem gravadas por nomes importantes da MPB. Passamos a andar juntos em todos os lugares na velha Salvador. Eu já estava há mais tempo vivendo na capital, também vindo do interior.”
Caetano Veloso: “Galvão criou e liderou o grupo Novos Baianos, acontecimento que se coloca entre os que mudaram o rumo da história do Brasil. Sendo de Juazeiro, atraiu João Gilberto para a casa coletiva em que viviam os membros do grupo. E isso definiu o caminho rico que se pode resumir no álbum Acabou Chorare mas que se desdobrou em muito mais. Vamos sentir saudade dele – e também celebrar a peculiaridade de sua pessoa. Tenho a honra de ter sido parceiro dele em ao menos uma canção sobre O Farol da Barra. Num barzinho do Campo Grande a dupla era Moraes e Galvão. Depois se multiplicaram em Baby e Pepeu e Dadi e tantos mais. Os dois já se foram, mas seu legado mantém o país capaz de muito mais do que parece.”
(AE)