O Instituto Floresta Tropical encerrou as atividades de 2020 com uma série de oficinas sobre manejo de açaizal nativo. As atividades, realizadas entres os meses de outubro a dezembro, ocorreram nas Reservas Extrativistas Mapuá, Arióca Pruanã e Terra Grande Pracuúba, localizadas na região do Marajó. Na programação, que reuniu cerca de 100 participantes, foram abordadas as boas práticas na colheita e pós colheita de açaí.
Previstas no projeto Florestas Comunitárias, através do financiamento do Fundo Amazônia, as oficinas destacaram de maneira prática e teórica temas como a cadeia de valor do açaí, segurança do trabalho e técnicas de manejo adequado na produção do fruto. As capacitações ocorrem nas comunidades Santa Rita, Bom Jesus e Aramã, na Resex Mapuá; Deus Proverá, na Resex Arióca Pruanã; e na Vila Estância, situada na Resex Terra Grande Pracuúba.
“A metodologia participativa utilizada promoveu interação positiva entre as moderadoras e o público, possibilitando que várias informações repassadas na teoria, pudessem ser identificadas na realidade local em cada comunidade” explicou Amanda Quaresma, consultora da oficina. Durante a capacitação, os participantes realizaram as atividades de colheita e pós-colheita com os EPI’s e materiais apresentados, de acordo com as orientações repassadas pelas consultoras.
Na programação do evento também foram realizadas as ações de combate à disseminação do novo coronavírus, de acordo com as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Em todas as comunidades onde ocorreram as capacitações foram distribuídas máscaras e face shields individuais e álcool em gel para todos os participantes.
Informações sobre a qualidade do Açaí
Ao final das atividades, as amostras de açaí coletadas na Resex Terra Grande Pracuúba foram enviadas para laboratório especializado a fim de levantar informações sobre a qualidade físico-química e microbiológica da produção, proveniente dos territórios assistidos pelo projeto Florestas Comunitárias. Esse levantamento será usado como estratégia de agregação de valor a essa produção originada de açaizais nativos dos ecossistemas de várzea da região.
As próximas oficinas, que abordarão temas como comercialização e certificação orgânica do açaí, serão realizadas em janeiro de 2021. (Texto de Adison Ferreira)
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