Ovnis sobre a Baía do Sol: militares investigaram e ficaram impressionados |
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Antes de lançar em Curitiba (PR), em abril passado, o livro “Luzes do Medo” – cujo lançamento acontece no próximo dia 20 deste mês às 19h, no auditório do Hotel Sagres, com palestras do ufólogo Ademar Gevaerd e do cineasta Fred Morsch – concedi uma longa entrevista a Lallá Barreto, consultora da Revista UFO, a mais antiga publicação do gênero no mundo. Nessa entrevista, que irei publicar em capítulos, aqui, narro como entrei na investigação sobre as aparições ocorridas no Pará, entre 1977 e 1978, a base do “Luzes do Medo”. Vamos à entrevista:
Carlos Mendes, você é hoje um jornalista de reconhecimento nacional e internacional, com uma carreira brilhante de quem seguiu na vida uma verdadeira vocação. Na sua trajetória profissional você foi levado a investigar fenômenos desconhecidos e ameaçadores que se precipitaram sobre grande número de habitantes de uma extensa região no Pará e resultaram na Operação Prato. Você poderia nos relatar as informações que chegavam e levaram o jornal a enviá-lo para investigar?
– O fenômeno já ocorria no interior do Maranhão desde abril de 1977, mas as notícias que chegavam ao Pará eram esparsas e ainda sem grande repercussão na imprensa de Belém. O mais interessante é que moradores de Viseu, município do Pará localizado na fronteira com o Maranhão e separado entre os dois estados pelo Rio Gurupi, já acusavam a presença de luzes e ataques às localidades ribeirinhas.
Esses registros, porém, não repercutiam nos jornais de Belém, cidade distante 300 km dessa fronteira. Foram cinco mulheres, na segunda quinzena de maio daquele ano, que foram ao jornal “O Estado do Pará” e relataram as aparições em Viseu, despertando a atenção do meu editor-geral, Walmir Botelho. A partir do relato de duas mulheres atacadas, uma delas maranhense, foi que eu entrei na investigação. E, daí em diante, não parei mais. Tentaram me parar – os militares da “Operação Prato -, mas não conseguiram. O que tenho de curiosidade, tenho de teimosia.
Tendo a função de investigar para informar, como foi o primeiro contato do jovem repórter investigativo com um fenômeno totalmente desconhecido?
– Para quem, como eu, já investigava outros fatos, mas de natureza bem humana, como conflitos pela posse de terras, devastação florestal, trabalho escravo e tráfico humano da Amazônia para outros países, confesso que o primeiro contato com pessoas atacadas pela luzes foi impactante e desafiador. Nunca imaginei que teria de investigar algo que fugia completamente à natureza de meu trabalho como repórter.
No começo, fiquei perplexo ao ver pessoas exibirem marcas no corpo e dizerem que eram oriundas das luzes vindas do espaço. Elas não sabiam explicar o que eram aquelas marcas. E eu, como repórter, teria que buscar as explicações de quem entendia do assunto. Tarefa complicada, como pude perceber mais tarde. Cada estudioso tinha uma explicação diferente para o fenômeno.
Quais os aspectos dos fenômenos que foram sendo relatados mais impressionaram o repórter que buscava informar o público?
– As marcas nos seios das mulheres, sem dúvida, foram as que mais chamaram a minha atenção. Que relação havia entre a intenção daqueles ataques e a localização no corpo daquelas mulheres? Nenhuma das que entrevistei estava grávida ou tinha filho recém nascido para amamentar.
Não entendi, como não consigo entender até hoje, qual o objetivo dos ataques naquela região do corpo feminino. Havia também casos de mulheres atacadas em que os seios foram poupados. Elas apresentavam marcas, ou melhor, furos pequenos, no pescoço e braços. Nos homens, braços, pernas e pescoço eram as regiões mais atingidas.
Serviço
Lançamento do livro: dia 20, às 19 horas
Local: auditório do Hotel Sagres
Preço do exemplar e palestras: R$ 80,00
Informações: (91) 98183-0540 Zap
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