O futebol tem dessas coisas: nem sempre quem domina a partida sai vencedor. Às vezes até perde e sai com a cabeça quente do estádio. Na partida desta noite no Baenão, houve de tudo no clássico entre Remo e Tuna. O Leão, que foi meio apagado no primeiro tempo, mandou no jogo no segundo, mas abusou da paciência de seu torcedor, perdendo gols debaixo da trave.
Poderia ter construído um placar tranquilo, contudo não teve competência para meter nas redes as chances que criou. Para desespero dos atacantes azulinos, o tunante Vitor Lube pegou até pensamento, impedindo com defesas sensacionais, que sua meta fosse vazada.
O empate em 0 a 0 teve cheiro de derrota para o Leão, cujos jogadores deixaram o gramado meio abatidos, talvez com a própria incapacidade de transformar em gols as inúmeras chances que tiveram. O primeiro tempo não teve empolgação. O Remo tinha mais posse de bola, no entanto não conseguia chegar perto do gol tunante.
Enquanto isso, a Lusa se fechava bem pelo meio e na marcação dos ativos laterais azulinos. Para chegar ao ataque, os chuveirinhos e as bolas paradas em cobranças de falta nada produziam de concreto. Quem dava trabalho, na frente, pelo Leão, era Erick Flores.
Aos 22, Bruno Alves, após muitas firulas do ataque, mandou uma bomba, mas Vitor Lube defendeu. A Tuna deu o troco com Jaime aos 31. Ele avançou em jogada pelo meio e chutou para Vinícius agarrar sem dificuldade. Faltou sal na partida. O juiz encerrou a primeira etapa. Os dois times precisavam mostrar maior serviço no segundo tempo.
Chuva de gols…perdidos
A torcida azulina, que estava insatisfeita, viu outra disposição em campo na etapa final. As jogadas eram construídas por Gedoz, chegavam à área tunante, mas faltava pontaria nos chutes dos atacantes. A pressão era grande e a Tuna, encolhida na defesa, rebatia atabalhoadamente as jogadas do Leão dentro de sua área.
Três chances surgiram, mas a bola passou perto da trave do visitante. Aos 23, Pingo pegou uma sobra de bola e desferiu um petardo. A bola parecia que ia entrar na “gaveta”. Eis que aparece a mão salvadora de Vitor Lube e manda para escanteio. A galera engoliu o gol que estava na garganta.
A pressão aumentou ainda mais. A bola rondava a área da Lusa, mas faltava um pé azulino que acertasse o gol. E quando acertava, o goleiro adversário surgia, espalmando para escanteio. Quem não faz, leva. Devem ter pensado alguns azulinos quando aos 40 a Tuna quase marca. Fidélis teve a chance, mas desperdiçou, para alívio do goleiro Vinícius.
O jogo foi até os 53 minutos, devido a inúmeras paralisações e substituições de atletas dos dois times. Nos 10 minutos finais, um bombardeio remista, para coroar a má pontaria, deu em nada. Gedoz ainda chegou a mandar na trave. Em outras jogadas, mais uma vez o incrível Vitor Lube aparecia para manter a meta intocada.
Na verdade, vontade de fazer gols não faltou aos remistas, o que faltou foi competência. A torcida sentiu isso e vaiou os jogadores no final, quando deixavam o gramado.
Raio x da partida:
Remo: Vinícius; Ricardo Luz (Rony), Everton Sena, Marlon e Paulo Henrique (Ronald); Paulinho Curuá, Pingo (Marco Antônio), Felipe Gedoz, Erick Flores (Pedro Sena); Bruno Alves (Luan Rodrigues) e Brenner. Treinador: Paulo Bonamigo.
Tuna Luso: Vitor Lube; Léo Rosa, Charles, Lucão, Edinaldo; Allyson (Fidélis), Kauê, Kaique; Paulo Rangel (Luan), Jayme (Lucas Cunha), e Alexandre (Dutra).
Treinador: Emerson Almeida.
Árbitro: Gustavo Ramos Melo. Assistentes: Marcio Gleidson Correa Dias e Naiara Lucena Soares
Cartões amarelos: Ricardo Luz e Brenner (Remo); Lucão, Edinaldo, Fidelis e Kauê (Tuna).
Local: Evandro Almeida (Baenão)
Público e renda: não fornecidos
Melhores momentos: