Um jovem de 21 anos, lutador de artes marciais e sem antecedentes criminais, foi preso ontem por policiais da Divisão de Homicídios e confessou ter assassinado o professor Francinei Monteiro, no início de janeiro deste ano, em Belém.
O corpo do professor foi encontrado dentro do próprio apartamento em um condomínio de prédios na avenida Dr. Freitas, no bairro da Pedreira.
O autor do crime, identificado apenas como Tiago, foi localizado em uma vila no bairro do Paar, em Ananindeua. Ele estava sendo monitorado pela Polícia Civil desde que as investigações apontaram sua autoria no crime, enquadrado como latrocínio, roubo seguido de morte.
De acordo com a Polícia Civil, com a prisão, foram recuperados documentos pessoais da vítima e o aparelho celular, que foi utilizado para liberação de saques em dinheiro, por meio de aplicativos bancários.
“As primeiras investigações mostraram que o criminoso era conhecido da vítima. Com base nas imagens de segurança, nos levantamos que era uma pessoa de confiança do professor. A partir disso, levantamos perfis de pessoas conhecidas da vítima e passamos a investigá-las, sendo o criminoso identificado”, disse o delegado da Divisão de Homicídios, Glauco Valentim
Segundo Valentim, o homem “ficou usufruindo do veículo da vítima, do telefone celular do professor e também se fazia passar pelo professor, através do whatsapp, do dia 6 até o dia 10. Quando foi descoberto o corpo, ele resolveu se livrar do carro da vítima e se mudou do endereço dele, que era no bairro do Jurunas”.
As investigações apontam, ainda, que de 6 de janeiro, provável dia da morte, até o dia 10, data em que o corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição, o homem foi diversas vezes ao apartamento roubar objetos de valor, como relógios, roupas, aparelhos eletrônicos e cartões de crédito.
Em depoimento, o suspeito confessou que também voltou ao local do crime para limpar pistas que pudessem chegar até ele.
“O criminoso se valia do uso de chapéu, máscara, e tinha uma postura de sempre esconder o rosto, só que com o trabalho de investigação, foi possível identificar. As imagens foram fundamentais. Obviamente, outras frentes de investigação foram utilizadas”, disse o delegado.
Em 10 dias, a Polícia Civil conclui o inquérito para enviar à justiça estadual. Diligências ainda estão sendo feitas para apurar se há outros envolvidos no caso. Ainda nesta sexta-feira, o autor do crime passou por exame de corpo de delito para ser encaminhado ao sistema penal.
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