O jornalismo e a publicidade paraense foram impactados na manhã desta terça-feira, 27, com a notícia do falecimento de Anselmo Gama. Ele fazia desde de junho passado tratamento contra um câncer no intestino, teve piora no quadro de saúde, antes do Natal e foi internado no Hospital Belém, onde veio a falecer. Anselmo era casado com a também jornalista Socorro Oliveira, sua companheira de longas jornadas.
Além de competente e dedicado à profissão, depois estendida ao ramo publicitário, quando criou a Fax Comunicação, Anselmo era uma pessoa solidária e bem humorada, o que conquistou a simpatia de todos os que com ele atuavam. O editor do Ver-o-Fato, Carlos Mendes, foi colega de Anselmo na redação do jornal O Estado do Pará, em meados dos anos 70.
“Um sujeito formidável, estava sempre com o sorriso aberto e não fugia dos desafios impostos pela nossa profissão. Era calmo e generoso. Ele agregava pessoas e tratava a todos com respeito. Enfim, fidalgo”, disse Mendes.
Inúmeros profissionais da chamada “velha guarda” do jornalismo paraense também lamentaram com profunda tristeza a partida de Anselmo Gama para outro plano existencial. O jornalista e publicitário Orly Bezerra, diretor da Griffo Comunicação, por exemplo, postou nas redes sociais a seguinte mensagem: “com muita tristeza recebi a notícia do falecimento do meu amigo Anselmo Gama, jornalista e publicitário, ocorrido nesta madrugada”.
“Conheci o Anselmo em 1978, quando eu era chefe de reportagem do jornal O Liberal, e ele entrou na redação pra fazer um teste de repórter. Aprovado de primeira, foi então um “foca” que virou repórter na primeira reportagem. Fez uma carreira vitoriosa no Liberal, ocupando vários cargos, inclusive a chefia de reportagem.
Desfilou sua experiência e competência, com destaque, no jornal Estado do Pará, A Província e na TV e Rádio Cultura. Foi atuante também no Sindicato dos Jornalistas, ocupando cargos na diretoria. Disputou uma eleição como candidato a presidente pela Chapa 2, de oposição, grupo da qual fazíamos parte.
Anselmo era uma pessoa bem humorada, contador de causos e sempre animava o nosso grupo, principalmente nas reuniões descontraídas que varavam madrugada a dentro. Durante esses 44 anos construímos uma amizade muito forte, fizemos trabalhos memoráveis, farras inesquecíveis, e dividimos muitas ideias e projetos juntos.
Acompanhei o início da FAX, empresa dele com a sua companheira, também jornalista e publicitária Socorro Oliveira, que se consolidou no mercado publicitário, e hoje atende contas importantes do Governo do Estado e Prefeitura de Belém, entre outras.
Num momento que se festeja a passagem do Natal e a chegada do Ano Novo, realmente essa é uma notícia muito triste. Que o Anselmo, o Gama, descanse em paz”.
O jornalista Ronaldo Braziliense, que conheceu Anselmo na redação de O Liberal, no final dos anos 7, relembra que ambos “participamos de memorável reportagem sobre a construção da hidrelétrica de Tucuruí”, além de recordar que faziam também parte do grupo de oposição à diretoria do Sindicato dos jornalistas, à época.
“Anselmo era uma pessoa muito bem humorada, divertida, competente no que fazia e por certo deixa um legado no jornalismo e na publicidade paraenses.
Que Deus conforte o coração da Socorro Oliveira, de seus familiares e amigos neste momento de extrema dor”, resumiu Braziliense.
Nota de falecimento
