Jean Carlos de Carvalho e Thiago Rodrigues de Almeida foram presos pela polícia civil na manhã desta quinta-feira, 13, por serem suspeitos na morte da ciclista Cláudia Loureiro, de 37 anos, que foi atingida por um carro que estaria disputando um racha na BR-316, no dia 17 de abril passado.
De acordo com as investigações, os dois homens participavam de um “racha” na rodovia federal. A ação ocorreu após ambos terem consumido bebida alcoólica em um posto de combustíveis, às margens da BR. Câmeras de monitoramento serviram como parte do inquérito investigativo instaurado pela Polícia Civil. O vídeo com as imagens foram obtidos pelo Ver-o-Fato.
A perícia do Instituto Médico Legal comprovou que, no momento do acidente, o veículo de luxo, que atingiu a ciclista, trafegava a cerca de 140 km por hora – na via, o máximo permitido é 80km. O corpo da vítima foi arremessado à 40 metros do local da batida fatal.
“Aqui na Divisão de Homicídio nos intimamos e ouvimos testemunhas, analisamos circuitos de vídeo monitoramento, bem como levantamos outras informações que pudessem fazer com que a gente identificasse os investigados. A partir das informações que nós conseguimos coletar, da dinâmica antes do crime, no momento do crime e depois do crime, e diante disso, representar pela prisão temporária dos mesmos, além de solicitar busca e apreensão”, informou o delegado Fernando Rocha, que participou diretamente das investigações.
A morte de Cláudia mobilizou muitos ciclistas que fizeram manifestações no local do acidente e na frente da Delegacia Geral de Polícia Civil do Estado do Pará, onde pediram celeridade nas investigações. Os dois homens foram presos em suas respectivas residências, no centro da cidade, por volta de 6 h, e foram conduzidos para a sede da Delegacia de Homicídios, na capital. Além das prisões, os agentes da PC cumpriram três mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos documentos e celulares.
Acidente
A ciclista Cláudia Loureiro, de 37 anos, estava praticando ciclismo junto de amigos, por volta de 3 horas da manhã, quando foi atingida. Os condutores responsáveis pelo fato não prestaram socorro, e de acordo com as investigações, um dos acusados retornou ao local se passando por transeunte. Na oportunidade, o mesmo perguntou aos colegas de Cláudia o que havia acontecido e pediu para não chamar a polícia.
“Nós conseguimos identificar que o depoimento dos suspeitos foi totalmente contraditório. Com as imagens, nós percebemos que se tratava de um ‘racha’. É mais uma resposta da Polícia Civil de modo eficaz, eficiente e de modo célere. Essa foi uma ação conjunta da Divisão de Homicídios (DH), da Diretoria de Polícia do Interior (DPI), do Instituto Médico legal (CPC), bem como o Poder Judiciário e o Ministério Público de Castanhal”, disse o titular da Divisão de Homicídios, delegado Cláudio Galeno.
Ainda em abril, a Polícia Civil de Castanhal apreendeu o veículo que causou a morte. O carro esportivo passou por perícia e continua apreendido. Os acusados foram interrogados e ficaram à disposição da justiça paraense.
Veja o vídeo
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