A vítima levou um golpe de espada na cabeça e desmaiou; vizinhos escutaram gritos e acionaram as autoridades
O Brasil enfrenta uma crise alarmante de violência doméstica contra mulheres, frequentemente culminando em feminicídios. Apesar da gravidade da situação, as políticas públicas eficazes para combater essa prática abusiva e violenta por parte de maridos, companheiros ou parentes ainda são insuficientes.
Um caso emblemático ocorreu na madrugada do último sábado, 20, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. Uma mulher de 36 anos foi brutalmente atacada pelo marido com uma espada artesanal. O ataque deixou a vítima com um grave ferimento na cabeça, fazendo-a perder a consciência.
O agressor, de 39 anos, cujo nome não foi divulgado, foi preso pela Guarda Civil Municipal (GCM).
Segundo relatos da corporação, o agressor justificou o crime afirmando que havia discutido com a companheira e que, após ela tentar agredi-lo, ele reagiu desferindo um golpe em sua cabeça. Populares no local relataram ter ouvido gritos, mas não presenciaram a agressão.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada para prestar socorro à vítima, que recuperou a consciência durante o atendimento. Com um corte na cabeça, ela foi encaminhada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
“O suspeito já responde por uma tentativa de homicídio qualificada contra a companheira”, complementa a Guarda Municipal.
Este caso, embora chocante, é apenas um dos muitos exemplos da violência extrema que mulheres enfrentam diariamente no Brasil. A falta de políticas públicas robustas e eficazes para combater essa violência contribui para a perpetuação desse ciclo abusivo.
Números alarmantes
A violência doméstica no Brasil atinge níveis alarmantes, com um número crescente de casos de agressão, abuso e feminicídio. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registra uma média de 1 feminicídio a cada 7 horas. Esses números, porém, representam apenas a ponta do iceberg, uma vez que muitos casos de violência doméstica não são denunciados.
As políticas públicas existentes, como a Lei Maria da Penha, são importantes, mas a implementação e fiscalização dessas leis são frequentemente falhas. Além disso, há uma escassez de serviços de apoio e abrigos para mulheres em situação de risco, o que deixa muitas vítimas sem alternativas seguras.
Necessidade de ações
A sociedade brasileira precisa se unir para combater essa epidemia de violência doméstica, garantindo que mulheres possam viver sem medo em seus próprios lares. Somente com ações concretas e comprometidas será possível reverter esse cenário e proporcionar um futuro mais seguro e igualitário para todas as mulheres