O Ministério da Justiça está avaliando o envio da Força Nacional de Segurança Pública para a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, em resposta a recentes ameaças de invasão na região. A solicitação foi feita pelo Ministério de Minas e Energia, visando garantir a segurança das instalações e dos trabalhadores.
Contexto das ameaças e medidas de segurança
A Usina de Belo Monte, localizada na Bacia do Rio Xingu, tem sido palco de tensões devido a conflitos fundiários e disputas territoriais envolvendo comunidades indígenas e ocupantes não indígenas. A presença da Força Nacional já foi autorizada anteriormente para assegurar a ordem pública e a proteção do patrimônio na área.
Histórico de conflitos na região
A região de Belo Monte tem um histórico de conflitos relacionados à construção da usina e à ocupação de terras indígenas. A Terra Indígena Apyterewa, habitada pelo povo Parakanã, é uma das áreas mais afetadas, sofrendo com invasões e desmatamento ilegal.
Impactos socioambientais e desmatamento
A construção de Belo Monte trouxe preocupações ambientais significativas, incluindo a perda de biodiversidade e impactos nas comunidades locais. Estudos indicam que a usina afeta diretamente terras indígenas homologadas, como a Paquissamba e a Trincheira-Bacajá. Além disso, a Terra Indígena Apyterewa tem sido uma das mais desmatadas do país, com milhares de famílias não indígenas ocupando ilegalmente o território.
Medidas governamentais e desafios futuros
O governo federal tem enfrentado desafios para desocupar áreas invadidas e conter o desmatamento. Operações anteriores de retirada de invasores enfrentaram resistência e violência, incluindo ataques a fiscais do Ibama. A possível nova mobilização da Força Nacional busca reforçar a segurança e a ordem na região, mas a resolução dos conflitos fundiários e a proteção ambiental continuam sendo desafios complexos.
Do Ver-o-Fato, com informações do portal G1