Os relatos de violência doméstica, principalmente de agressão contra mulheres, por seus maridos e companheiros – covardes e canalhas – acontecem a toda hora pelo Brasil. Em Belém, os relatos não param e na Delegacia da Mulher os registros entopem as gavetas. E as agressões, muitas vezes, são praticadas na frente dos filhos do casal, o que gera traumas e tormentos por toda a vida.
O que o leitor do Ver-o-Fato vai ler abaixo ocorreu na última madrugada de sábado para domingo, em Belém. Uma rotina de milhares de mulheres que já virou situação de calamidade pública. No caso a seguir, a vítima, muito machucada, por fora e por dentro, registrou ocorrência policial e requereu judicialmente medida protetiva contra o agressor, identificado por Rafael Dias.
O Ver-o-Fato queria preservar a identidade da vítima, publicando apenas as iniciais do nome dela. Porém, Amanda Nascimento pediu que seu nome e sobrenome sejam divulgados, talvez como forma de encorajar outras mulheres que sofrem o que ela sofreu durante as “cenas de horror”.
Veja o relato-desabafo:
“Depois das cenas de horror da madrugada de sábado para domingo, tive o apartamento invadido de madrugada pelo Rafael Dias, as 4:50 da manhã. Ele arrombou a porta do apartamento e me agrediu por cerca de 2 horas. Tapas. Socos. Chutes. Puxões de cabelo.
Até que chegou ao ponto de me cortar com uma faca de casa, na perna. Tentou cortar meu cabelo também. Um agressor consegue agredir a mulher, e ao mesmo tempo dizer que vai ficar em casa, que a mulher é dele..
Não estávamos mais juntos ( ele saiu de casa por ciúme de Instagram, onde por uma mensagem, ele me agrediu com tapas no rosto e mordida no queixo, no Vitrine).
E daí, depois de tantas coisas que eu já tinha passado na mão dele, estava decidida a não voltar mais. Já havia sido agredida, antes. Acabei perdoando E voltando. Entenda, o agressor é também manipulador. Se ele me agredia, a culpa era minha !
Eu não respondia às mensagens, não respondia às ofensas (sempre de puta, vagabunda, sempre ). Logo eu que sempre o ajudava financeiramente. Tive meu celular clonado. E quando fui atrás pra ver, era desde maio.
Após as agressões no sábado, ele levou meu celular, as chaves do apartamento, além do controle de acesso do portão. Para que eu ficasse incomunicável.
Meninas, não permitam a primeira vez, não voltem, eu insisti tanto na mudança do Rafael, que quase pago com a própria vida.
Todas as medidas cabíveis por vias judiciais foram tomadas. Agora é aguardar pela Justiça!
Cansei de me calar! Chega ao fim 4 anos de abusos!!!!”
Trechos do BO:


