O Cadastro não é só para pagamento do “Bora Belém”, mas também de outros programas sociais da Prefeitura.
Durante entrevista ao vivo, concedida ontem à noite ao programa Ver-o-Fato Entrevista, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, fez uma gravíssima denúncia: em tom de indignação, ele afirmou que apesar de o Cadastro Único (CadÚnico) ser uma conquista relevante para os municípios, o atual cadastro de Belém estaria com “alto índice de fraudes”.
Do total de 22 mil pessoas inseridas no CadÚnico, cerca de 60%, ou 13,2 mil pessoas, teriam seu dados com algum tipo de fraude. Exemplo: uma pessoa que declara ser miserável, mas na visita dos servidores da prefeitura foi constatado que ela possui dois carros na garagem ou nem mesmo mora no endereço indicado.
Cerca de 60 servidores já identificaram essa e outras fraudes em um volume preocupante. Ou seja, um caso de polícia. O pior é que essas fraudes foram descobertas na atual gestão, que tem apenas pouco mais de 3 meses.
Edmilson, durante o programa, chamou a atenção para o fato de que o cadastro serve como base para pagamentos de programas sociais, dentre eles o “Bora Belém”. O programa começou a ser operado desde o dia 8 de março, mas, como explicou o prefeito, por conta dos indícios de fraude no CadÚnico, só está sendo pago a pouco mais de mil pessoas.
“Pretendemos chegar a mais de 9 mil beneficiários assim que forem resolvidos os problemas no cadastro, pois seria uma irresponsabilidade fazer pagamentos sem a certeza de que realmente chegaria a quem precisa”, enfatizou Edmilson.
Ação “absurda”
No final do programa, o prefeito, provocado pelos jornalistas, comentou acerca da ação movida pelo candidato derrotado Everaldo Eguchi, que teve parecer favorável do Ministério Público, pela cassação de seu mandato e do vice Edilson Moura. Segundo o prefeito, ele “não se preocupa com a ação”, pois seria “absurda”, além de uma “tentativa de terceiro turno”.
A entrevista, com a participação de internautas, foi mediada pelo jornalista Carlos Mendes e contou com as participações do jornalista Val André Mutran, direto de Brasília; do historiador e cientista político, Elson Monteiro; e do antropólogo Manoel Alexandre Cunha.
Eles, fizeram diversas perguntas acerca de política e problemas que envolvem o cotidiano de Belém, com ênfase nas ações dos 100 primeiros dias de gestão do atual governo municipal.
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