O ex-atacante do Chelsea, Demba Ba, fez duras críticas ao vídeo em que jogadores da seleção argentina entoam um canto racista durante a comemoração da conquista do título da Copa América. Em sua conta no X (antigo Twitter), o ex-jogador franco-senegalês expressou sua indignação com o ocorrido e chamou a Argentina de “asilo de nazistas”.
“Argentina, terra de asilo para ex-nazistas em fuga. Desde 1945, Perón hospedou criminosos de guerra. E isso surpreende você…”, afirmou Demba Ba. Sua mensagem foi acompanhada de um artigo do jornal francês Libération, que narra como a Argentina recebeu ex-integrantes do governo nazista alemão após a Segunda Guerra Mundial. Demba Ba jogou no Chelsea, o mesmo clube de Enzo Fernández, principal figura envolvida na polêmica, durante duas temporadas.
O vídeo que gerou a controvérsia foi gravado dentro do ônibus da equipe argentina. O volante Enzo Fernández realizou uma live no Instagram mostrando a comemoração dos colegas. No entanto, ele interrompeu a transmissão quando os jogadores começaram a cantar uma música que se popularizou durante a Copa do Catar de 2022.
A letra da canção diz: “Eles jogam pela França, mas são de Angola. Que bom que eles vão correr, se relacionam com transexuais. A mãe deles é nigeriana, o pai deles cambojano, mas no passaporte: francês”. Esta canção foi amplamente condenada por seu conteúdo racista e transfóbico.
A reação de Demba Ba não apenas criticou os jogadores por seu comportamento, mas também trouxe à tona um capítulo controverso da história argentina. Após a Segunda Guerra Mundial, a Argentina, sob a liderança de Juan Domingo Perón, ofereceu refúgio a vários criminosos de guerra nazistas, um fato documentado e criticado ao longo dos anos.
Demba Ba utilizou este contexto histórico para contextualizar suas críticas, sugerindo que o comportamento dos jogadores argentinos não é surpreendente, dado o passado do país em relação ao acolhimento de figuras controversas.