Em uma noite de tensão até os segundos finais, o Paysandu, empurrado por uma Curuzu lotada de apaixonados torcedores, garantiu sua permanência na Série B do Campeonato Brasileiro ao vencer o Brusque por 1 a 0. O triunfo veio graças ao jovem Esli Garcia, que mais uma vez mostrou seu talento ao marcar o gol decisivo em uma partida que, apesar de ter sido longe de brilhante, trouxe o resultado mais importante para o Papão.
Agora com 46 pontos, a equipe assegura sua presença na Série B de 2025, mas ainda há questões a serem resolvidas para o futuro.
O jogo desta segunda-feira (11), válido pela 36ª rodada, teve início às 21h, com os torcedores ansiosos pelo resultado que garantiria o clube na Série B. O primeiro tempo foi morno, com as duas equipes encontrando dificuldades para criar chances reais de gol.
Em um cenário de muita disputa e pouca inspiração, os lances ofensivos do Papão foram limitados. A partida parecia arrastada, com a torcida assistindo apreensiva à pouca produtividade ofensiva.
O primeiro grande momento veio aos 31 minutos, quando João Vieira arriscou de fora da área, e o chute tinha endereço certo: o ângulo. No entanto, o goleiro Matheus Nogueira, destaque absoluto do Brusque, voou para fazer uma defesa espetacular. Pouco depois, aos 35 minutos, Paulinho Boia arriscou outro chute perigoso, que também foi defendido por Nogueira. O goleiro adversário evitava o que poderia ter sido o gol que o Paysandu tanto buscava.
O baixinho “matador”
Com o intervalo, o Paysandu precisava de uma nova abordagem. Mas a segunda etapa começou da mesma forma: truncada e sem grandes emoções. A torcida, que lotava as arquibancadas da Curuzu, começava a perder o ânimo enquanto a equipe ainda não mostrava sinais de reação. Aos 29 minutos, finalmente um novo lance perigoso: Bryan Borges arriscou de fora da área após uma bola rebatida, mas mais uma vez Matheus Nogueira estava lá para defender.
O jogo mudou, no entanto, quando o técnico do Papão apostou em sua “arma secreta”: Esli Garcia. A substituição fez toda a diferença. Aos 37 minutos, em uma bela jogada trabalhada com o argentino Borasi, Esli Garcia recebeu a bola em posição privilegiada e não perdoou.
O baixinho venezuelano mandou para o fundo das redes, levando os torcedores ao delírio e garantindo a vitória que o Paysandu tanto precisava. Após uma longa revisão do VAR, o gol foi confirmado, e a Curuzu explodiu em festa.
Nos minutos finais, o goleiro Matheus Nogueira ainda salvou o Brusque de uma derrota mais elástica, defendendo uma finalização forte de Netinho aos 50 minutos. Mas o apito final confirmou o resultado: Paysandu 1, Brusque 0. Uma vitória suada, mas justa, que representa a permanência do Papão na Série B e o rebaixamento do Brusque.
Agora, a diretoria do Paysandu já volta suas atenções para 2025. Com a permanência garantida, a prioridade é reforçar a equipe e planejar contratações que possam transformar o time em um protagonista da competição, deixando para trás o sofrimento de uma luta contra o rebaixamento.
A torcida, sempre fiel, espera que o próximo ano traga um Papão mais forte e competitivo, digno da paixão que encheu a Curuzu nesta noite decisiva. A meta da diretoria é subir para a Série A, a elite nacional.
RAIO X DA PARTIDA
Paysandu: Matheus Nogueira, Edílson (Kevin), Wanderson, Quintana (Carlão), Bryan Borges; Luan Freitas (Netinho), João Vieira, Robinho (Jean Dias); Paulinho Boia, Ruan Ribeiro (Esli Garcia) e Borasi. Técnico: Márcio Fernandes.
Brusque: Brusque: Matheus Nogueira; Gabriel Pinheiro, Ianson, Wallace e Jhan Torres (Luiz Henrique); Rodolfo Potiguar (Guilherme Queiroz), Paulinho (Dionísio) e Augustín González (Marcos Serrato); Diego Mathias (Diego Tavares), Rodrigo Pollero e Keké. Técnico: Marcelo Cabo.
Gol: Esli Garcia, do Paysandu (37 2º tempo)
Árbitro: Felipe Fernandes de Lima (MG)
Árbitro Assistente 1: Felipe Alan Costa de Oliveira (MG)
Árbitro Assistente 2: Marcyano da Silva Vicente (MG)
Quarto Árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva (PA)
VAR: Emerson de Almeida Ferreira (MG)