É vergonha em cima de vergonha. A própria torcida já elegeu o atual time do Paysandu como o pior já formado por sua diretoria nos últimos 30 anos. Vai de mal a pior, namorando o rebaixamento para a Série D, literalmente o inferno do futebol brasileiro. Brusque (SC) 2 a 0. E merecia ter feito mais.
Depois de um primeiro tempo sofrível. o time apaga de vez no segundo tempo e vê o Brusque abrir 2 x 0, sacramentando mais uma derrota bicolor na competição. Parece que o novo técnico bicolor, Hélio dos Anjos, chegou para ser apenas um “bombeiro” e tentar salvar a equipe bicolor da degola. Mas também escalou mal, apagando o incêndio com mais gasolina.
Paysandu e Brusque se enfrentaram na noite deste sábado, no estádio da Curuzu, em Belém, em jogo válido pela 11ª rodada do campeonato brasileiro da série C. O Brusque vinha embalado depois de uma vitória na última rodada e se vencesse o Papão entraria no G8 da competição.
O Paysandu, por sua vez, vive dias terríveis e vinha de uma derrota de virada na última rodada, fora de casa.
O jogo começou e o que se viu foram muitas faltas dos dois lados. O juizão “picotava” muito a partida, a bola parava a todo momento e rolava pouco. O tempo foi passando e o Paysandu dominava estava sonolento, com a maior posse de bola, mas sem nenhuma inspiração, sem nenhuma jogada de perigo. Uma péssima primeira etapa das duas equipes. E foi o fim do primeiro tempo. 0 x 0. A ruindade foi premiada.
Domínio e gols
A segunda etapa começou movimentada, bem diferente dos primeiros 45 minutos. E quem apimentou o jogo primeiro foi o Brusque. Logo aos 9 minutos, a bola sobrou na meia lua da grande área, Madson chegou batendo, Thiago Coelho deu rebote para o meio da área – faz sempre isso, para variar – e Alex Ruan completa para o fundo do gol do Paysandu. 1 x 0.
E não deu tempo nem de respirar. O Bruscão estava imparável. Sentindo o “cheiro do sangue”. Quatro minutos depois do primeiro gol, a bola foi alçada na área do Paysandu e Guilherme Queiroz encheu o pé, Thiago Coelho fez boa defesa, mas a bola sobrou para Everton Bala fazer o segundo do Brusque. Papão estava desnorteado em campo. 2 x 0.
Desesperado para diminuir o prejuízo, o novo comandante bicolor fez substituições tardias, abriu o time e foi pra cima do Bruscão, mas esbarrava em uma das melhores defesas da competição. Sem criatividade, o Papão não conseguia perfurar a defesa catarinense.
Até tentou, de forma bisonha, mas o apagão no início da segunda etapa “matou” o Papão no jogo. O desânimo do placar desfavorável e a falta de inspiração foram determinantes para a falta de reação bicolor.
Com apenas 48 horas no comando bicolor, Hélio dos anjos nada pôde fazer para tirar o Papão do marasmo. Ainda faltam 8 jogos, o time está com pé na zona e a série D desponta no horizonte alvi-celeste.
Responsável pelas contratações desastradas de três times de jogadores nesta temporada, a diretoria se cala. Os protestos inundaram a Curuzu no final da partida. A PM reprimiu a torcida organizada. Quem te viu, Paysandu.
Paysandu: Thiago Coelho, Edílson, Jacy Maranhão, Filemon, Igor Fernandes; João Vieira, Geovane (Fernando Gabriel), Nene Bonilha (Dalberto), Robinho (Bruno Alves); Mário Sérgio e Nicolas Careca (Vinicius Leite). Técnico: Hélio dos Anjos.
Brusque: Matheus Nogueira; Toty, Éverton Alemão, Wallace e Alex Ruan (Diego Tavares); Rodolfo, Madison (Ianson) e Jhemerson; Everton Bala (Diego Mathias); Cléo Silva e Guilherme Queiroz. Técnico Luizinho Neto.